Bastou um dia de trabalho conjunto de polícias Civil e Militar, Infraero e Transalvador para os motoristas clandestinos sumirem do saguão do Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães.

Os taxistas das cooperativas do aeroporto – Comtas, Coometas e Atalema desconfiam que o novo local escolhido pelos irregulares para trabalhar seja a rodoviária.

Ontem pela manhã, no segundo dia da operação Aeroporto em Paz, a presença dos irregulares foi inibida por agentes de trânsito e policiais que permaneciam com o esquema de fiscalização.

Os irregulares, segundo taxistas autorizados, foram atrás de outras alternativas.

“Estão procurando outras rotas para manter o esquema.

Muitos deles já foram identificados na rodoviária e outros estão agindo na Brasilgás, principalmente os de vans”, denuncia Reginald Cohim, líder do Movimento Contra os Clandestinos no Aeroporto.

Segundo ele, ontem à tarde, um clandestino tentou burlar a fiscalização com a apoio da mulher que está grávida.

“O cara orientou para que ela assediasse os passageiros no desembarque.

Um casal topou, mas quando a mulher percebeu a PM indo atrás, ela largou a mala do passageiro e saiu correndo e fugiu”.

Vigilância
O tenente da 15ª Companhia Independente da PM (CIPM), Leandro Souza, diz que clandestinos  ainda tentam atuar, mesmo com a presença da polícia.

“Muitos se evadiram com a chegada da polícia e dos agentes de trânsito.

Alguns até tentaram agir, mas os fiscais conseguiram impedir as abordagens”.

 
A operação Aeroporto em Paz conta com a integração de 14 PMs e 8 agentes de trânsito, além do suporte de três carros de polícia, uma moto do Esquadrão Águia, duas motos e cinco carros da Transalvador.

 
De terça-feira até o início da noite de ontem, 17 veículos irregulares foram apreendidos pela Transalvador – três no entorno do aeroporto e 14 em outros pontos da cidade, sendo a maioria próximo à rodoviária.

A fiscalização segue até a próxima segunda-feira e deve se tornar permanente.

Segundo o agente de trânsito Max Marciano, a presença dos irregulares tem sido percebida em menor escala.

“Se estiverem na área, estão tão escondidos por aí que nem a gente consegue ver direito.

Mas, na ‘boca do caixa’ (área de desembarque) não estão mais como antes”, afirma.

O taxista da Comtas Manoel Ribeiro diz ter sentido os efeitos da operação.

“De ontem (anteontem) para hoje (ontem) melhorou.

Os clandestinos deixaram de se concentrar no desembarque por medo da polícia”.

O líder do movimento destaca que a operação ainda está fragilizada.

“Está faltando que a Transalvador discipline e permaneça 24 horas por dia como prometido e não cumprido.

Depois das 19h, a Transalvador vai embora e só fica a PM que não responde por trânsito”.

A Transalvador informou que só atuará das 7h às 22h ou até 0h em caso de extrema necessidade.

* Fonte: CDB