A aposentada Reginalda Campos de Jesus, de 64 anos, morreu na manhã desta quinta (12) na Clínica de Atendimentos Médicos Especializados – AME, em Santo Antônio de Jesus (a 185 km de Salvador), no Recôncavo baiano, após complicações supostamente decorres de um exame de glicemia.
A idosa fez o exame no CDRLab Laboratório de Análise Clínica.
De acordo com informações do filho de dona Reginalda, Danilo Campos de Jesus, que acompanhou a mãe na hora do exame, ela chegou à clínica logo no início da manhã e passava bem, apenas para fazer exames de rotina.
“Por volta das 7 horas a gente chegou na clínica.
Tiraram o sangue dela e logo depois deram um líquido branco e transparente para ela beber, dizendo que era esse o procedimento porque consideraram o teste de glicemia alto e que era para regular.
Minutos depois de beber o tal líquido, ela começou a passar mal, disse que estava sentindo falta de ar e agonia.
Ela desmaiou e ainda falou para mim que o líquido estava salgado.
Ela estava bem de saúde e o exame era só para saber a taxa de açúcar”, contou Danilo.
Ainda segundo os familiares de dona Reginalda, ela teria desmaiado dentro do Laboratório de Análises Clínicas, que fica ao lado da AME.
“Ela não reconheceu mais o Danilo.
Então todos a pegaram e colocaram numa maca e a levaram para a AME, onde dois médicos tentaram reanimá-la, mas não conseguiram.
Ela estava com a pressão controlada, entrou no laboratório bem e nada sentia.
Para não ter dúvidas sobre o que teria provocado a morte de minha mãe, o corpo será autopsiado”, disse Luzineide Campos de Jesus, também filha da vítima.
Os filhos e parentes de dona Reginalda se aglomeraram na porta da Clínica AME buscando informações e respostas para o que teria causado a morte dela.
Um dos médicos que tentou reanimar a aposentada na clínica AME, Aécio Oliveira, disse que ela pode ter sofrido um infarto.
Até o final da manhã, nenhum bioquímico do CDRLab, que é conveniado à Clínica AME, estava no local para dar esclarecimentos sobre o fato e nem a direção médica da AME foi encontrada para falar sobre o caso.
Informações passadas à família por técnicos do laboratório, durante o exame, é de que dona Reginalda teria recebido um copinho de café contendo água e açúcar, procedimento definido pelos técnicos como de praxe para o tipo de exame realizado pela aposentada.
A auxiliar administrativa da AME, Diana Alberto, afirmou que a paciente já chegou à clínica passando muito mal.
“Ela já estava num estado bem ruim.
Os dois médicos fizeram de tudo para reanimá-la, mas sem sucesso.
O que o pessoal do laboratório disse é que para fazer o exame de glicemia tinha que tomar a medicação que foi administrada a ela, mas não disseram o que ela bebeu”, informou.
Os filhos de dona Reginalda afirmam que o único problema de saúde que a aposentada tinha era hipertensão.
* Fonte: A Tarde Online