Nesta terça-feira, 2 de fevereiro, durante seu “discurso virtual” na reabertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o governador da Bahia, Rui Costa (PT), falou sobre a saída da Ford Motor Company do Brasil, enfatizando principalmente a situação no estado. Ele ressaltou que negociações estão em andamento e, em breve, Camaçari poderá ganhar um novo empreendimento.
“Os desafios serão muitos. Um deles é amenizar o impacto do encerramento das atividades da Ford no Brasil. Em um momento como este, é inaceitável que se permita o fechamento de empresas como a Ford, que deixa o país para reforçar as suas atividades na Argentina”, pontuou.
“Só aqui, na Bahia, com a saída da empresa, mais de 12 mil trabalhadores serão desligados de suas atividades. […] A Bahia tem, hoje, estrutura portuária e logística, segurança jurídica e todas as condições para receber empresas interessadas em assumir este negócio. Vamos trabalhar juntos para garantir a recuperação dos empregos perdidos e a manutenção dessa importante cadeia produtiva no Estado”, completou o governador.
Na sequência, o petista enfatizou que, futuramente, o Polo de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), poderá ganhar um “grande empreendimento indiano, da área química”.
“Nesse momento, estamos em vias de trazer um grande empreendimento indiano, da área química, para o Polo de Camaçari. É um empreendimento que investirá, aqui, mais de R$ 1 bilhão”, afirmou Rui.
“Agora, estamos em tratativas com o Governo Federal, pois há produtos que dependem de autorizações sob condições reguladas pela União”, estendeu.
Ademais, o governador ainda frisou que “essa é uma dentre outras parcerias com a Índia”.
“Essa é uma dentre outras parcerias com a Índia. Como, por exemplo, outra experiência em que estamos interessados, a de Centros de Tecnologias voltados para a juventude, e estamos construindo uma agenda conjunta para implantar essa estrutura aqui, ainda este ano”, disse.
O pronunciamento do governador foi registrado ao longo de uma carta, com 24 páginas. No conteúdo do documento, ele também abordou outros temas, a exemplo da pandemia da Covid-19 e as ‘fake news’, além de censurar atitudes relacionadas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).