Com as frequentes crises econômicas decorrentes do Coronavírus, os comerciantes de Camaçari seguem preocupados com o possível fechamento do comércio, novamente. Nesta terça (23), o governador da Bahia, Rui Costa (PT) afirmou que não vai hesitar em fechar tudo novamente e decretar lockdown.

O governador disse que, caso os números não sejam controlados e comecem a cair, o lockdown pode ser uma realidade logo em breve. Donos de lojas, de pequeno, médio e grande porte, ambulantes e comerciantes estão pensativos. Apesar da angústia, o possível decreto divide opiniões.

Seu José Jairinho é velho conhecido da cidade, e ele acha que pode haver outas saídas para conter a contaminação do coronavírus. O vendedor ambulante diz que o governo estende muito os decretos e a categoria acaba ficam sem previsão de quando podem retornar as atividades e é contra a retomada do lockdown.

Por outro lado, a lojista Nívea Santana, declara que é a favor de toda forma de prevenção da doença. Ela diz que a medida prejudica, sim, os trabalhadores do ramo e causa mais desemprego, mas que, às vezes, é a única medida cabível que pode ser adotada pelo governo, mas não descarta a preocupação. “Tá difícil, mas temos que manter para que tudo volte ao normal”.

Loja de Nívea Santana. Foto: Dani Oliveira/ Bahia no Ar

Mesmo com a abertura de novos leitos, com a chegada de novas vacinas e o anexo especial para pacientes com Covid-19, na UPA da Gleba A, Camaçari não descarta o alerta vermelho de colapso na saúde. Nas últimas duas semanas a lotação nas UTIs chegou a sua capacidade máxima, em diversas unidades de saúde do município.

Elizangela, comerciante. Foto: Dani Oliveira/ Bahia no Ar

A comerciante Elizangela Moraes, afirma e reforça que não concorda com a medida. Segundo ela, as pessoas não deixam de aglomerar por causa do lockdown. “As pessoas mesmas tem que se cuidar. Eu sou contra ao fechamento de qualquer comércio. Não adianta fechar e as pessoas estarem em bares e praias”.

O presidente da Associação Comercial de Camaçari, Luciano Sacramento afirma que se os casos não reduzirem, é sim, possível um novo lockdown. O presidente diz ainda que, além de se recuperar do baque da saída da Ford, também será necessário lidar com o novo decreto. Luciano frisa que a economia pode se recuperar, mas vidas perdidas não voltam.

Especialista e autoridades de saúde já haviam alertado a população sobre o aumento da incidência do vírus. Os fatores primordiais foram os feriados e comemorações de fim de ano. Além das constantes aglomerações e festas proibidas, flagradas em todo estado.

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