A advogada Thaís Cremasco assistia a apuração do resultado das eleições no último domingo (30) com seu filho, quando o menor foi adicionado a um grupo de whatsapp e ofendido com diversas mensagens de cunho racista e xenofóbico.

Tratava-se de 32 alunos do colégio de alto padrão Visconde de Porto Seguro de Valinhos, no interior de São Paulo. O garoto de 15 anos diz não ter amizade com nenhum participante e nem sabe como conseguiram seu número para adicionar no aplicativo. 

O grupo se chamava ‘Fundação Anti Petismo’ e teria acabado de ser criado para organizar uma manifestação contra a vitória do presidente Lula nas urnas. “Sou pró-reescravização no Nordeste” e “espero que você morra FDP negro” são algumas das ofensas ditas pelos estudantes. Além do compartilhamento de figurinhas com suásticas e com referências ao nazismo.

Thaís, mãe do jovem ofendido e de uma outra adolescente negra de 13 anos, disse em entrevista ao UOL que não irá mudar os filhos de colégio. Ela contou que eles já tiveram que trocar de escola por conta de outros episódios racistas, mas dessa vez são os agressores que devem ser punidos e expulsos da instituição.

Segundo ela, a escola informou que o episódio não aconteceu nas dependências da unidade, o que isentaria a instituição de algumas responsabilidade. Thaís não aceitou a justificativa, registrou um boletim de ocorrência e afirmou que irá até o fim para que os envolvidos sejam responsabilizados. 

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