De acordo com um novo boletim divulgado ontem (25) subiu para 43 o número de pessoas que denunciaram à Polícia Civil ter levado “agulhadas” no carnaval deste ano de Recife e Olinda. A Secretaria de Saúde do estado contabilizou, desde o dia 15 de fevereiro, cerca de 69 pessoas que alegaram terem sido furadas por agulhas em quatro cidades. Eram 23 até o domingo.

No ano passado, aproximadamente 300 pessoas prestaram queixa no estado sobre esse tipo de ocorrência; não houve relatos de contaminação. as primeiras denúncias de agulhadas começaram a aparecer no dia 2 de março.

Em nota, a Polícia Civil destacou que foram dez denúncias no sábado (22), outras 15 no domingo (23) e mais 18 na segunda-feira (24); destas, 11 eram em diversos pontos de Olinda e sete no Recife.

“Uma parte dos denunciantes relatou a exposição, neste carnaval, a outras formas de risco de contração do HIV e outra não soube descrever com precisão as circunstâncias e o momento em que foram tocadas por objeto perfurocortante”, diz um trecho do comunicado da Polícia Civil.

As ocorrências foram registradas no posto de atendimento 24 horas, instalado pela Polícia Civil no Hospital Correia Picanço, referência no atendimento a doenças infecto-contagiosas.

Dos 69 casos registrados pela SES, entre os dias 15 a 24 de fevereiro, 41 eram mulheres e 28 homens.

As pessoas que relatarem terem sido alvo de agulhadas foram encaminhadas para triagem no Hospital Correia Picanço. Dos 69 casos registrados, 65 pacientes realizaram a profilaxia pós-exposição (PeP), procedimento utilizado para prevenir a contaminação pelo vírus HIV e outras infecções. Todos foram liberados após avaliação médica, com a orientação de retorno após 30 dias para conclusão do tratamento.

As demais pessoas, ou se recusaram a fazer o teste rápido (que é pré-requisito para o uso da medicação e do tratamento), ou não estavam aptos a recebê-lo, pois já havia se passado mais de 72 horas desde o momento da ação.

Ainda de acordo com a SES, os índices de transmissão por meio de picadas com agulhas infectadas são considerados baixos, em média 0,3% para HIV.

O que fazer?

Exposição cutânea: lavar imediatamente o local com água e sabão.

Exposição de mucosa: lavar imediatamente e de maneira exaustiva o local com soro fisiológico.

Não é necessário ampliar o ferimento nem espremer o local, nem é recomendada a utilização de substâncias cáusticas, pois essas medidas apenas ampliam a área de exposição, sem demonstração de utilidade profilática.

Realizar curativo conforme necessário.

Encaminhar para o Hospital Correia Picanço para medidas de prevenção.

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