AMOR E ÓDIO

“A relação entre o amor e ódio pode ser explicada pela ambivalência emocional, uma situação comum em que o indivíduo tem relações conflitantes em relação a outra pessoa”

“O ódio nunca nasce da indiferença. ”

‘ É comum que sentimentos de amor ódio façam partes dos relacionamentos’

Claro que na maioria das vezes relacionamos os sentimentos acima rapidamente as relações sentimentais, mas quando levamos esse contexto ao futebol… cai como uma luva!

Assim está a relação do torcedor do Bahia, xinga toda a geração da arvore genealógica da família de Roger e de Cerri quando tomamos um gol ou quando Clayson entra em campo, e comemora aos gritos o gol de empate, berrando BBMP!

Frustações são comuns numa relação, ainda mais numa relação passional como o futebol em que nossas emoções são levadas ao extremo.  O Bahia criou no seu torcedor expectativas elevadas para seu desempenho esportivo em 2020, não só pela sua organização fora de campo como também pela manutenção de 70 % do elenco associado a aquisições de peças pontuais como Daniel, Rodriguinho, Rossi, sim o Clayson, jogadores que foram titulares em seus clubes na temporada de 2019 e com estatísticas positivas de desempenho.

Aí o torcedor passa a concluir que se o time não rende a culpa é do treinador. Roger tem culpa?  Acredito que sim, porém não do tamanho que o cobram, pois, o técnico tem por objetivo levar seu time ao triunfo certo? Contra o São Paulo por exemplo perdemos um pênalti e um gol absurdo pelo Élber. Contra o Ceará chegamos ao ataque três vezes antes de tomarmos o gol, com boas chances de concluir, mais uma vez erramos! Contra o Palmeiras ocorreram lances semelhantes de oportunidades, ou seja, o time está chegando, treinador não põe a bola gol, como cobrar de Roger um passe de tamanha displicência de Nino no lance que originou o gol do Palmeiras?

O Bahia com um jogo a menos se matem na primeira parte da tabela, entendo que o time precisa evoluir muito, mas também entendo e acredito que tirar Roger é a parte mais fácil do processo, Goiás fez assim, Coritiba fez assim, Sport fez assim, o bem administrado Atlhetico fez assim e isso não é garantia de sucesso, aliás o risco de insucesso é muito maior.

Todo bom especialista, psicólogo, coach de sucesso fala que: “Nenhuma decisão deve ser tomada em momentos de muita raiva ou tristeza, e em momentos de muita euforia, a tendência é esta decisão ser errada”.

Então torcedor convido você a um questionamento: Tiramos Roger, trago quem?

Vamos seguir a moda dos treinadores estrangeiros? Ótimo! Traz quem? Olha o Flamengo com mesmo elenco campeão de tudo, tendo Michael e Pedro reforçando o elenco que já era bom, jogando pedra em santo.

Ninguém é insubstituível, mas até para demitir precisamos planejamento. Quem ama o clube evidente que fica enfurecido com os jogos do Bahia, mas lembrem que o Bahia é um dos times ou o time que mais jogou após a pandemia, o Palmeiras pôde tirar do banco e pôr em campo de uma só vez, Zé Rafael, Adriano e Gustavo Scarpa. Apenas para uma reflexão.

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