A mudança de lado do vice-prefeito de Lauro de Freitas, Vidigal Cafezeiro (Republicanos), que declarou apoio à vereadora Débora Regis (UB), principal rival do grupo político da atual gestora e sua ex-aliada, Moema Gramacho (PT), acendeu um sinal de alerta para o que pode ocorrer futuramente.

Cafezeiro, que era considerado um dos nomes de confiança da petista, pegou todos de surpresa ao aparecer na convenção que oficializou a candidatura de Débora ao executivo municipal, ocorrida no último sábado (20).  Com essa atitude, os membros da cúpula aliada da prefeita acreditam que pode causar um “efeito dominó” nos próximos dias.

Ou seja, muitos políticos que antes estariam apoiando Moema e seu escolhido para concorrer à sucessão, Antônio Rosalvo (PT), possam também mudar de lado e irem para a base da vereadora, que é considerada a favorita para vencer o pleito. De acordo com alguns componentes da bancada governista na Câmara de Vereadores, o clima é de insatisfação, e a decisão do vice pode estimular a estes fazerem o mesmo.

A principal justificativa para tamanho desgosto é a forma arbitrária que Moema teria tomado neste processo interno para definir o nome do grupo. Segundo estes interlocutores, no bastidor, o apoio e aceitação por Rosalvo é mínima, e isso teria causada um atrito com Vidigal, que até então era considerado o “sucessor natural” da prefeita.

“Ao longo do processo de sucessão, não houve diálogo, nem debate, enfim, não foi um processo democrático mas sim impositivo. Somente pela vontade de alguns poucos”, disse o atual vice, ao declarar que apoiaria Débora nestas eleições.

A expectativa é que estes políticos, que estão no grupo aliado como membros de partidos mais ao centro, comecem uma debandada e se unam à base do União Brasil, favorecendo a vereadora. Já a ala mais linha-dura da esquerda, como o próprio PT e demais do espectro socialista, almejam retirar Moema Gramacho da liderança, para cortar o chamado “autoritarismo” que ela comanda desde então.

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