Um grupo de trabalho formado por autoridades da cidade de Camaçari se reuniu, na tarde desta quarta-feira (12), para discutir os recentes casos de ameaças de ataque em unidades ensino. O assunto tomou conta do município na manhã de terça-feira (11), após casos concretos em outros estados e boatos de um suposto atentado na Escola Municipal Anísio Teixeira, na Gleba E.
A reunião integrada contou as presenças de representantes das polícias Militar e Civil, do Poder Legislativo municipal, órgãos da administração pública e empresas terceirizadas com atribuições estratégicas nas políticas de segurança patrimonial no município.
Segundo o prefeito Elinaldo Araújo (UB), ações educativas serão criadas para inibir o que ele classifica como “brincadeira de alunos em grupos de WhatsApp”.
“Vamos criar panfletos, vamos preparar a nossa Guarda Municipal e intensificar as rondas escolares. Foi uma reunião muito produtiva, porque precisamos tranquilizar a nossa população. Os professores e os pais também serão chamados para um diálogo”, disse o gestor municipal ao Bahia no Ar.
Para a delegada Danielle Monteiro, titular da 18ª Delegacia Territorial, o papel dos pais é muito importante neste processo educativo. “Boa parte dessas divulgações são fake news (falsas), divulgações mentirosas criadas pelos próprios estudantes. Então, é importante que o pai olhe a bolsa do filho, pra ver se não tem uma arma. Observe o celular pra saber que grupos ele está nas redes sociais. Isso é muito importante, porque também podemos estar educando dentro de casa”, opinou a delegada.
Causadores de pânico
Também em conversa com o Bahia no Ar, o coronel PM Sérgio Simões, comandante do policiamento da Região Metropolitana de Salvador (RMS), afirmou que o trabalho ostensivo está em alerta nas ruas, mas também na internet através do serviço de inteligência.
“Queria dizer à comunidade camaçariense que tenham calma. Não existe nada de concreto nessas denúncias que estão surgindo, muita fake news e estamos monitorando as redes sociais para chegar a essas pessoas que estão causando esse pânico”, disse à reportagem.
A necessidade de integração com as famílias também foi defendida pela secretária de Educação, Neurilene Martins: “Precisamos dialogar sobre a cultura da paz e do respeito”.
*Com informações da repórter Beatriz Assis