A avó materna de um bebê de 10 meses entrou na Justiça para alterar o nome do neto, que foi registrado como Lúcifer, na cidade de Nova Olinda, no Ceará. O menino, que nasceu em março de 2021, ficou sob a guarda da avó depois que o pai cometeu duplo homicídio. Ele matou a mãe e o avô paterno do bebê com golpes de machado na zona rural da cidade, em maio do ano passado, quando o bebê tinha dois meses de vida. O suspeito foi encontrado morto meses depois do crime.
De acordo com o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), a ação de retificação do nome da criança foi ajuizada em junho de 2021, por meio da Promotoria de Justiça de Nova Olinda. O processo segue em segredo de justiça.
O nome Lúcifer vem da junção das palavras em latim lux (luz) e ferus (carregar) e significa “portador da luz”. Pela tradição cristã, ele é representado como um anjo que desejava estar acima de Deus, por isso foi expulso do céu para o mais profundo abismo, tornando-se, então, o diabo. Segundo dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), no período de 2016 a 2021, além do bebê cearense, outras duas pessoas, ambas do Rio Grande Sul, receberam o nome de Lúcifer.