Uma ação da Polícia Militar da Bahia (PM-BA) ocorrida na madrugada deste sábado (24), no Espaço Camaçari 2000, onde ocorre o Camaforró 2023, foi denunciada pela Associação dos Barraqueiros de Festas Populares do município (ABFPC).

Em entrevista exclusiva concedida ao portal Bahia no Ar, o vice-presidente da entidade, Renildo Lopes Bezerra, relata o ocorrido e afirma que os agentes foram truculentos com os comerciantes e com os clientes que ali estavam para se alimentar.

“Após o show de Zezé di Camargo e Luciano, que foi o último do dia, às 4h da manhã, as pessoas saíram ao redor do palco e dos camarotes para comer algo oferecido em nossas barracas. Alguns, que estavam com a família, ficaram no local para esperar amanhecer. No entanto, chegaram os policiais quebrando mesas e cadeiras, e agredindo pessoas. Não teve motivo nenhum para isso”, diz Renildo.

Ele prossegue, pontuando que houve pessoas que receberam murros dos agentes na frente de familiares. “Um homem, que estava sentado, acabou sendo espancado pela polícia na frente da mulher e do filho. Por que eles fizeram isso? Qual a razão dessa truculência toda?”, indaga o vice-presidente da ABFPC.

Confira o vídeo da ação da PM:

Renildo aproveita para desabafar sobre os prejuízos da categoria em relação à ação policial, que além de destruir alguns materiais de trabalhos, faz com que o público tenha medo de ficar no local, logo afastando a clientela. “A guarnição deveria nos proteger, porque não estávamos fazendo nada de errado, mas acabamos sendo lesados por isso. É o nosso sustento que acabou sendo prejudicado”, finaliza.

Procurada pelo Bahia no Ar, a PM disse que disponibiliza canais de denúncia em relação a conduta de seus agentes, através do telefone da Ouvidoria, que é o 0800 284 0011, ou a ocorrência presencial na Corregedoria do órgão, na Rua Amazonas, nº 13, Pituba, Salvador. A corporação ressalta que sabe de “seu papel constitucional de proteção da sociedade e não coaduna com quaisquer excessos eventualmente cometidos por seus agentes”.

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