Após a derrota por 1 a 0 para o Ceará na última terça-feira (5), que deu o título ao Alvinegro, o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani se pronunciou nesta quarta, através do programa oficial do Esquadrão. O mandatário tricolor se mostrou contra as cobraças pela demissão do treinador Roger Machado.
“Todo trabalho tem começo, meio e fim. Não estou aqui falando especificamente do trabalho de Roger ou de qualquer outro treinador. Todo trabalho tem começo, meio e fim e isso é natural que aconteça, e é natural que no momento de dificuldade, o torcedor cobre o fim de determinado trabalho. Eu vejo isso com absoluta naturalidade, assim como cobrou com a chegada de Guto, que foi o primeiro treinador que contratei, e hoje Guto conseguiu um resultado excelente contra a gente. No meio de 2018 a crise era pra tirar Guto, depois a crise era pra tirar Enderson, depois pra tirar Roger. A gente precisa compreender que as soluções não são tão simplórias quanto se imagina. Outro dia vi o jogo da Jacuipense, em que empatamos por 2 a 2, e muita gente criticou o treinador em um jogo que a gente perdeu seis ou sete gols na ‘cara do gol’ e depois o jogo se complicou porque não decidimos. E aí fica a pergunta: Qual a responsabilidade específica do treinador naquele momento? Nenhuma. Em outros momentos, o treinador poderia ter variação de jogo maior, poderia ter mudado um pouco o estílo e não mudou? Aí ele também tem que ver a responsabilidade dele. Todos têm responsabilidades”, garantiu o presidente do Bahia em entrevista ao Programa do Esquadrão.
Bellintani também afirmou que isso não quer dizer que no Bahia há uma “tolerância plena” para os profissionais.
“Não é justo e não é razoável que um ou dois sejam punidos por um erro coletivo. É o mais simples que se faz no futebol: apertar um botão e excluir pessoas, triturar pessoas. Mas não é eficiente. Isso não invalida que o trabalho de todos dentro do clube seja constantemente avaliado. Não prego uma tolerância plena em todos os momentos. Nós avaliamos os trabalhos de todos, a todo tempo”, completou.
