“Parece que criminosamente algo foi despejado lá”. A frase faz parte de um pronunciamento feito nesta terça-feira (8), pelo Presidente Jair Bolsonaro (PSL), e diz respeito as manchas de óleo que têm atingido o litoral nordestino desde o início de setembro. Segundo Bolsonaro, “é um volume que não está sendo constante. Se fosse de um navio que tivesse afundado estaria saindo ainda óleo. Parece que criminosamente algo foi despejado lá”, pontuou.

As manchas, na verdade, são petróleo cru. Esse tipo de substancia não se origina de nenhum derivado de óleo, a exemplo da gasolina. Segundo explicou o presidente, a densidade desse petróleo é “um pouquinho maior” que a água salgada, por conseguinte, quando entra em contato com o mar, fica submersa.

Na oportunidade, Bolsonaro estava acompanhado pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles; eles saiam de uma reunião no Palácio da Alvorada.

O ministro Ricardo Salles também falou ao jornalista. Em sua avaliação, ele destacou que o movimento do óleo tem sido de ida e volta do mar para a costa e que por isso, o papel do governo “é agir rápido para retirar aquilo que está em solo”.

Segundo Salles, mais de 100 toneladas de borra de petróleo já foram recolhidas.

Até o momento, sabe-se que o petróleo cru não é produzido e nem comercializado em território brasileiro. Na semana passada a Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para apurar a origem da substância. A contaminação também é monitorada por órgãos como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) desde o dia 2 de setembro, data que marca o surgimento das primeiras manchas no litoral nordestino. Com informações Agência Brasil.

Registros

Na Bahia, último estado nordestino a ser atingido pela substância, o número de praias alcançadas pelas manchas só aumentam, desde a última quinta-feira (3), quando foi realizado o primeiro registro de contaminação no município de Jandaíra.

Uma recente atualização feita pela Marinha confirma que Praia do Forte, situada no município de Mata de São João, até o momento, foi a última praia  baiana à ser contaminada.

Além de Jandaíra e Praia do Forte, outras três cidades baianas entram na lista de localidades atingidas pelas manchas, são elas: Conde, Esplanada e Entre Rios.

Já em todo o Nordeste, são mais de 130 praias que já foram afetadas pelo problema. Atualmente, há registro em todos os nove estados da região. A Bahia foi o último a ser atingido.

0 0 votos
Article Rating