“Que a gente formalize um calendário para o próximo ano, talvez no começo de julho”, o trecho faz parte da fala do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), durante entrevista à GloboNews, e diz respeito ao carnaval soteropolitano de 2021.

Ao longo da semana passada, Neto já havia afirmado que a tradicional festa só irá acontecer caso, até lá, já exista uma vacina eficaz e acessível à população contra o novo coronavírus (Covid-19).

“O que a gente propõe é que se não houver segurança para manter a festa no começo de fevereiro, que é o mais provável, temos que ser realistas. Que a gente formalize um calendário para o próximo ano, talvez no começo de julho, poderia ser um hipótese. Inclusive, aqui em Salvador, caso isso tenha que acontecer, a gente pode antecipar feriado para garantir cinco dias de festa, já em um ambiente de segurança”, garantiu o democrata.

O alcaide também já tinha informado que a data limite para tomar uma decisão sobre o carnaval seria novembro deste ano e, na entrevista do domingo (19), à GloboNews, ele chegou a complementar que a decisão, provavelmente, será tomada em consonância com outras capitais do país, visando com isso, que o evento ocorra na mesma data em diversas cidades.

“Nosso limite para tomar uma decisão é o mês de novembro, no entanto, eu já comecei conversas com outros prefeitos. Inclusive o prefeito Bruno Covas, de São Paulo, me ligou no começo da semana passada, depois que eu propus a hipótese do adiamento do carnaval, achando boa ideia. Eu penso que as principais cidades do Brasil podem se juntar: São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro, Recife e outras capitais que têm tradição no carnaval, para tomar uma decisão conjunta”, assegurou Neto.

“Aqui, no caso de Salvador, o limite é novembro. São Paulo e Rio, por exemplo, como também têm o desfile das escolas de samba, me parece que a decisão tem que ser tomada antes. Me disse o prefeito de São Paulo que o limite dele seria no final de agosto”, acrescentou.

Por fim, Neto lembrou de outros eventos que ocorrem na capital baiana e que, segundo ele, já chegam a quase 100, a exemplo das lavagens (eventos que levam milhares de pessoas às ruas durante o verão); todos devem ser cancelados.

“Eu anunciei, na semana passado, a suspensão do Festival da Primavera, que era outro evento importante e muito provavelmente, também, teremos que suspender a virada do ano, o Festival da Virada, que acontecem por cinco dias, aqui em Salvador. As lavagens, muito tradicionais, em janeiro e fevereiro, a tendência é que elas não aconteçam assim como réveillon e carnaval”, disse.

“Somente com a vacina e com a garantia da segurança da imunidade é que a gente poderá voltar a discutir os eventos. Infelizmente, eu acho que o calendário de eventos de todo o verão, daqui de Salvador, incluindo os eventos religiosos, vai estar comprometido para essa virada de 2020 para 2021” finalizou.

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