Na manhã desta quinta-feira (24/12), véspera de Natal, por volta das às 5h30, o governo de São Paulo recebeu o quarto lote vindo da China, com o equivalente a 5,5 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus (Covid-19), batizada de CoronaVac.

O Secretário da Saúde do Estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, e o Presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, acompanharam a chegada do material no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas.

A carga de 5,5 milhões de doses recebida na presente data é composta por 2,1 milhões de doses já prontas para aplicação e mais 2,1 mil litros de insumos, correspondentes a 3,4 milhões de doses que serão envasadas no complexo fabril do Butantan, na capital paulista.

Outros dois carregamentos devem desembarcar no país na próxima semana, entre os dias 28 e 30 de dezembro, totalizando assim, 10,8 milhões de doses do imunizante.

“Este é mais um importante passo no enfrentamento da pandemia no Brasil. O imunizante atingiu um índice de eficácia superior ao recomendado pela Organização Mundial de Saúde e, com isso, poderemos em breve solicitar à Anvisa o registro”, afirmou o Secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn, durante a chegada do produto nesta quinta-feira.

Eficácia

Segundo o secretário Jean Gorinchteyn, o valor, não detalhado, foi superior ao valor mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 50%.

A taxa de eficácia é um conceito que se aplica a vacinas na fase 3 de estudos (última fase dos testes em humanos). Ela representa a proporção de redução de casos entre o grupo vacinado comparado com o grupo não vacinado.

Em termos práticos, se uma vacina tem 90% de eficácia, isso significa dizer que 90% das pessoas que tomam a vacina ficam protegidas contra aquela doença.

Cabe frisar que o governo de São Paulo ainda aguarda a formalização da compra da vacina pelo governo federal.

A utilização da CoronaVac no Programa Nacional de Imunizações (PNI) foi alvo de disputa política entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador de São Paulo, João Doria.

No dia 20 de outubro, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, chegou a anunciar a compra da vacina em uma reunião com governadores. No entanto, no dia seguinte, Bolsonaro desautorizou publicamente o ministro. Porém, após a pressão de governadores e até do Supremo Tribunal Federal (STF), o governofederal voltou atrás e retomou as negociações.

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