Ontem (16) as autoridades de saúde dos Estados Unidos (EUA) anunciaram que voluntários do estado de Seattle, um dos mais afetados pelo novo coronavírus (Covid-19) no país, começaram a ser imunizados com a vacina testada na ação de prevenção do vírus; esse é o primeiro teste realizado em humanos.

Através deum comunicado, o Instituto Nacional de Saúde dos EUA (NIH) destacou que o teste faz parte de uma pesquisa que vai acompanhar aproximadamente 45 voluntários adultos e saudáveis, com idades entre 18 e 55 anos. Segundo o instituto, o estudo deve durar, pelo menos, seis semanas.

A agência France Presse informou que todo o processo de criação da vacina deve durar entre 1 ano a 18 meses, tendo em vista que será necessário a realização de mais testes para uma futura aprovação. Presentemente, os pesquisadores desejam identificar qual é o impacto de diferentes doses administradas por injeção e, consequentemente, quais são seus efeitos colaterais.

Uma das voluntárias, identificada como Jennifer Haller, contou à rede de notícias MSNBC que tem sua temperatura corporal monitorada durante várias vezes por dia, além de ser acompanhada por uma equipe médica constantemente. A norte-americana trabalha como gerente de operações em uma pequena empresa de tecnologia e recebeu liberação do trabalho para participar da pesquisa/testes. Ela disse ainda que ficou sabendo a partir de uma postagem no Facebook.

“Todos nos sentimos tão impotentes. Esta é uma oportunidade incrível para eu fazer algo “, reveleou.

Sobre a vacina

Presentemente, não existem nem vacinas nem tratamentos aprovados para prevenção/tratamento da Covid-19, doença que já infectou mais de 175.000 pessoas em todo o mundo desde que surgiu na cidade chinesa de Wuham, no final de dezembro de 2019.

A vacina que está sendo desenvolvida, faz parte de um estudo realizado por cientistas e colabores do NIH, num trabalho conjunto com empresa de biotecnologia Moderna, com sede em Cambridge, Massachusetts. A Coalizão de Inovações em Preparação para Epidemias (CEPI), com sede em Oslo, Noruega, também direcionou fundos para a implementação do medicamento.

No mundo, laboratórios farmacêuticos e de pesquisa competem para desenvolver formas, sobretudo, de combate ao novo coronavírus. Um exemplo é o tratamento antiviral batizado de Remdesivir. O medicamento foi desenvolvido pela American Gilead Sciences e já está nos estágios finais de testes clínicos na Ásia; médicos na China, inclusive, relataram que a substância demonstrou ser eficaz no combate ao Covid-19. No entanto, apenas testes aleatórios permitem aos cientistas saber se é realmente eficaz ou se os pacientes se recuperariam sem ele.

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