O segundo turno das eleições em Camaçari não somente mexem com o ânimo e a tensão na cidade, mas vai além. Exemplo disso foi o bate-boca que aconteceu na tarde desta terça-feira (22), no plenário da Assembleia Legislativa, em Salvador.

De um lado, o deputado estadual Júnior Muniz (PT), apoiador do candidato Luiz Caetano, também petista; de outro, os parlamentares Samuel Júnior e Jurailton Santos, ambos do Republicanos, que atuam em prol da candidatura de Flávio Matos (União) ao executivo municipal.

O motivo seria a atuação na comunidade evangélica durante a campanha, tendo em vista que parte significativa das igrejas estão ao lado do escolhido pelo atual gestor, Elinaldo Araújo (União), em meio à disputa. Muniz acusou representantes da capital de ‘interferência’ no município com foco de impedir que Caetano se aproxime da ala, o que gerou revolta dos dois outros deputados – representantes da bancada cristã na Assembleia.

Samuel, que é pastor da Assembleia de Deus e na sessão estava como presidente, não gostou da acusação feita e retrucou, dizendo para o petista se controlar e não promover falas ditas infundadas, pois em nenhum momento teria feito movimentos de ‘invasão’, ao contrário do PT, segundo ele.

“Quando se referir à igreja, não tome como referência o exemplo de seu principal líder [o presidente Lula]. Que vossa excelência [Júnior Muniz] deva lavar a boca. Em momento nenhum houve orientação de invadir igreja, quem tem costume de invadir é o seu partido. Respeite as igrejas. Isso é uma falta de respeito”, alfinetou.

Já Jurailton, que é membro da Igreja Universal do Reino de Deus, pediu retratação do colega, no entanto, mais calmo. “Em momento algum em falei para o povo de Camaçari invadir as igrejas. Peço aqui, por gentileza, que o senhor se retrate e respeite o segmento evangélico. Quando o senhor for falar do segmento evangélico, fale com respeito, fale com carinho”, solicitou.

Em meio à intensa troca de farpas entre Júnior Muniz e Samuel Júnior, o líder do governo na Casa Legislativa, Rosemberg Pinto (PT) interviu para controlar o colega de legenda, para que assim a briga cessasse.

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