Com a proximidade das eleições de 2014, o Partido dos Trabalhadores baiano escolhe estrategicamente o nome de seu candidato à sucessão do governador para continuar protagonista da política estadual após a saída de Wagner.
No início do ano passado, a aposta do governado Jaques Wagner estava concentrada em fortalecer o nome do ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. A ideia era divulgá-lo no estado, durante ocasiões da agenda do governador. Entretanto o projeto foi frustrado. Após brigas com servidores estaduais e sucessivas greves em 2012 o plano teve que ser abortado. Gabrielli acabou sendo criticado por sua gestão na Petrobrás, tendo sua imagem desgastada.
No páreo dos nomes favoritos de Wagner, atualmente estão o Senador Walter Pinheiro e o Secretario Rui Costa. O primeiro alcançou em 2010 votação expressiva, e ao lado de Lídice da Mata (PSB), foi eleito pela base do governador. Após a vitória nas urnas, Pinheiro fortaleceu ainda mais seu nome dentro do partido. Já Rui Costa surge como opção devido a relação próxima que mantém com o governador desde os tempos sindicais. Em 2010, Rui foi eleito deputado federal com a maior votação, porém seu nome dentro do PT encontra diversas rejeições.
No último pleito, o PT saiu derrotado na capital em contrapartida obteve a maioria dos ganhos numéricos em relação aos municípios interioranos. A base do governo conseguiu eleger 82% dos prefeitos da Bahia. Foram 93 municípios com prefeitos da base, além de 524 vereadores, o que faz com que o PT seja maior força política no estado atualmente.
Longe de estar entre as preferências de Wagner, Luiz Caetano, ex-prefeito de Camaçari colocou seu nome na disputa interna. Políticos da base aliado do petista costumavam dizer que ninguém seguraria sua candidatura à sucessão de Jaques Wagner caso fizesse seu sucessor na cidade e Nelson Pelegrino não ganhasse a Prefeitura de Salvador. Ao que parece suas declarações previam os fatos, e Caetano saiu vitorioso elegendo Ademar Delgado chefe do poder executivo municipal.
Diferente da situação de seu correligionário, Moema Gramacho, ex-prefeita de Lauro de Freitas, viu seu projeto de alcançar a governadoria estadual se fragilizar com a derrota do então candidato João Oliveira, nas eleições para o pepista Dr. Márcio Paiva. Há que afirme, que a escolha do candidato foi a ponta do ice-berg para o declínio de Moema.
Em novembro a sigla enfrentará as eleições do novo comando do Diretório Estadual quando ocorre o Processo de Eleição Direta (PED). Em substituição ao então presidente estadual Jonas Paulo, que não pode mais ser candidato por estar no segundo mandato. O primeiro foi de dois anos e o último de quatro anos.
Por Giovanna Reyner