Somente no último fim de semana, entre 26 e 27 de outubro, o município de Dias D’Ávila contabilizou, segundo a Secretaria de Segurança Pública, quatro homicídios e três tentativas. Hoje, dia 30, uma quadrilha foi presa na cidade. O BAHIA NO AR entrevistou o delegado titular da 25ª Delegacia Distrital João Miranda Piton para saber o que está acontecendo com a cidade de pouco mais de 66 mil habitantes, segundo o IBGE.

Dias D’Ávila emplacou em 2013 a colocação de 19ª cidade mais violenta do Brasil, com 71 homicídios para cada grupo de 100 mil, segundo o Instituto Sangari que elabora do Mapa da Violência. Com isso, tem o título de terceira cidade mais violenta da Região Metropolitana de Salvador, atrás de Lauro de Freitas e de Simões Filho, que desde 2011 é a cidade mais violenta do Brasil, segundo o mesmo instituto.

Neste fim de semana houve um aumento de ocorrência acima do normal, não é mesmo?

Obviamente, houve um desmando, mas são fatos isolados, que podem ter relação com tráfico de drogas, brigas entre quadrilhas, e bandidos que estão sendo escorraçados de outras cidades.

A gente trabalha com duas linhas de possibilidades: a migração de traficantes, principalmente, fugidos de Simões Filho e Camaçari, que chegam aqui encontram as bocas já estabilizadas e há conflitos para ocupar esses espaços. Daí resultando nesses dados. A outra linha a gente não pode divulgar.

Há quanto tempo o senhor trabalha como delegado em Dias D’Ávila e nesse período o senhor observa aumento da violência na cidade?

Desde abril de 2011 eu estou aqui e observo um índice dentro da regularidade, mas houve esse desmando nesse fim de semana que estamos trabalhando para entender, identificar e prender os responsáveis. A gente vinha trabalhando com redução de 33 % nos nossos índices de homicídios em relação ao ano passado, mas agora vamos ver como vai ficar…

Qual é o efetivo da 25ª Delegacia de Dias D’Ávila, é suficiente para cidade?

Olha, nós temos equipamentos e pessoas suficientes para nosso trabalho. E se for necessário, eu solicito da Secretaria de Segurança e eles mandam quanto for preciso. Temos quatro viaturas para investigação e o número do meu pessoal eu não posso divulgar.