Os avanços tecnológicos na Bahia também estão concentrados ao novo coronavírus. Segundo informações do Correio, na Universidade Federal da Bahia (Ufba) o mesmo processo utilizado para a identificar o zika vírus há cinco anos, após testes, também se mostrou eficaz no diagnóstico do coronavírus, que foi reduzindo de 48 para três horas.

Batizado de Real Timer, o equipamento é responsável por um processo, chamado de RT-PCR, que possibilita a identificação do material genético do vírus.

Segundo informações da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), presentemente, o processo de diagnóstico da doença precisa ser confirmado fora do estado baiano. As análises têm início no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), localizado em Salvador, e depois seguem para o Rio de Janeiro, onde são finalizadas.

Durante entrevista ao Correio, o pesquisador e virologista Gúbio Soares, disse que este processo que pode ser realizado na Ufba é, hoje, a forma mais eficiente para cravar um diagnóstico preciso sobre os possíveis casos de infecção pela doença. “Ainda não existem testes imunológicos para detectar anticorpos contra o vírus porque ele é novo”, destacou o pesquisador.

O novo equipamento, que chegou à universidade no final do ano passado, é uma versão ainda mais moderna do mesmo utilizado na detecção do Zika, em 2015. A estimativa é de que ele seja capaz de realizar a análise de aproximadamente 90 amostras (por dia). A identificação, no entanto, ainda não foi realizada justamente pela falta de amostras circulando na Bahia.

Na Bahia, até o momento, só foram relatados dois casos suspeitos do novo coronavírus, mas nenhum deles foi confirmado. Já no Brasil, conforme dados atualizados pelo Ministério da saúde, nove casos suspeitos da doença são avaliados; nenhum deles na região Nordeste.

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