Apesar de negar veementemente que não sai do Partido dos Trabalhadores, o senador Walter Pinheiro continua sendo sondado por outros partidos. “Se eu for conversar com dirigente de partido, vai ser com o meu partido”, garantiu.  O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, revelou que mantém contato com o senador para ingressar no seu partido.

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Para Lupi, Pinheiro não teve atenção dos correligionários, sob a liderança do ex-governador Jaques Wagner (PT).

Em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia, o dirigente informou que colocou o partido à disposição do senador baiano. “Ele está numa situação difícil, coloquei o partido à disposição e disse que o PDT receberia bem a decisão dele”, contou Lupi.

Lupi é só elogios ao político baiano, considerado um dos quadros mais sérios e competentes do PT na Bahia, mas que nos últimos tempos não teve atenção dos correligionários, sob a liderança do ex-governador Jaques Wagner (PT). “Seria excelente, um grande político, excelente no que faz, um nome com muitos votos na Bahia”, aspirou, ao ressaltar que não tem a intenção de interferir na decisão do ainda petista. “O PDT não pode interferir na cisânea de ninguém, mas apenas acatar as decisões tomadas pelos que queiram vir para nosso partido ou até deixá-lo”, disse o dirigente.

Na semana passada, o presidente do PDT na Bahia, Félix Medonça Jr. informou que, caso filie-se ao PDT, Pinheiro será o nome do partido para compor a majoritária em uma possível chapa para as eleições de 2018.

Pinheiro nega aproximação com ACM Neto

Questionado por supostamente se afastar de reuniões internas do PT, e que anunciaria sua provável retirante do partido, o senador Walter Pinheiro negou qualquer conversa de aproximação partidária com o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM). “Minha agenda não é uma saída para mim, é uma saída para o Brasil.  Não tive qualquer conversa com o PT sobre essa agenda”, afirmou o petista.

Segundo ele, especulações sobre uma eventual saída dele do atual partido cresceram a partir de uma conversa entre ele, o prefeito de Salvador, ACM Neto, e o senador Otto Alencar (PSD), que teve como foco a capital baiana.

“Foi uma conversa no cafezinho do Senado. O prefeito pediu nosso apoio sobre uma questão das verbas para o BRT. Otto pode até ajudar mais do que eu, pois o Ministério das Cidades é controlado pelo PSD”, relatou Pinheiro.

*Fonte: Tribuna da Bahia