O clima interno no grupo da prefeita Moema Gramacho (PT) continua em pé de guerra na cidade de Lauro de Freitas. Após o nome escolhido por ela, Antônio Rosalvo, ter saído derrotado contra a maior rival, Débora Regis, a gestora está aproveitamento os momentos finais do Executivo para cometer os últimos atos de vingança.
A última ‘vítima’ da vez foi o ex-secretário de Infraestrutura, Manoel Carlos, conhecido como Carlucho, que foi exonerado da pasta na última sexta-feira (25), sem maiores explicações. Carlucho é presidente municipal do PSB e acredita que a prefeita cometeu o ato após a legenda retirar o processo movido contra Débora em 2020, que gerou diversos desdobramentos até então.
Para ele, Moema buscou limá-lo após não fazer o que ela queria, assim como tantos outros que passaram pelo grupo. “Eu fui traído. Porque, para Moema, todo mundo que desagrada é traidor. Foi assim com Vidigal [Cafezeiro, o vice-prefeito], que todo mundo viu como ficou na geladeira por quatro anos. Foi assim com Mirela [Macedo, ex-deputada], quando resolveu seguir o seu próprio caminho“, complementou.
Ao explicar sobre a decisão tomada na Justiça, Carluxo ressaltou que o PSB já desejava por isso antes mesmo da campanha, mas não a fez para não atrapalhar a campanha de Rosalvo. Ainda reiterou que a retirada da denúncia, que foi derrubada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não seria reflexo de uma possível articulação com a prefeita eleita.
“Eram nove partidos (que idealizaram a ação). Cadê esses partidos que agora estão batendo palma, dizendo que a gente não deveria ter retirado? Eles se acovardaram lá atrás. […] Débora vai governar com quem a ajudou. Ela tá correta, vai governar exatamente com os seus pares. Nós não somos partícipes da vitória de Débora e não somos aproveitadores em absolutamente nada”, pontuou o presidente do PSB em Lauro.