Durante toda a história da humanidade existiram padrões de belezas que guiaram todo um mercado, principalmente o da moda. Entretanto, essa “obrigatoriedade” em estar de acordo com essas tendências gerou, principalmente nas mulheres, inseguranças e uma corrida insana pela pele ideal, pelo cabelo ideal e pelo corpo ideal.

Mas o fato é que não importa a cor da nossa pele, ou o quanto encaracolado é o nosso cabelo ou ainda se vestimos manequim 44. Cada uma de nós guarda em si uma beleza única que pode e deve, se desejada, ser valorizada.

BELEZA AO LONGO DOS TEMPOS

O culto pela beleza faz parte da sociedade humana desde a Antiguidade. Nessa época, as mulheres deveriam ser obesas se possuíam uma posição de status no grupo, para representar um ideal estético e sinal de fertilidade.

No renascimento, o corpo ideal greco-romano era gordo e indicava status social relacionado a riqueza e a vida “tranquila”, para não dizer ociosa dos ricos.

Com as transformações na civilização, os padrões de beleza foram também mudando. Nos anos 50, a icônica Marilyn Monroe com suas curvas e coxas generosas foi o paradigma da mulher bonita e sexy. Em seguida, na década de 60, a londrina Twiggy passa a ser referência com seu biotipo frágil, pequeno, magrinho e com uma imagem andrógena.

Nos anos 90 Cindy Crawford e Claudia Schiffer inauguram a era das super top models com cachês milionários e definem o padrão de beleza da mulher do final do século XX.

Muitas outras top models podem ser citadas aqui como novos padrões de beleza como a Kate Moss e a nossa querida Gisele Bündchen.

Infelizmente, toda essa forma de pensar sobre o belo tem criado muitas inseguranças em muitas mulheres a ponto de muitas se sentirem quase que obrigadas a se submeter a inúmeras cirurgias e procedimentos estéticos para se sentirem aceitas e bonitas. E as que não podem financiar esses procedimentos se sentem frustradas e muitas até desenvolvem algum tipo de depressão.

Será precisamos chegar nesse ponto? Quem é que define o que é bonito ou feio?

A boa notícia é que essa espécie de escravidão da beleza a qualquer custo está chegando ao fim.

ERA DA DIVERSIDADE TAMBÉM DOS CORPOS.

No mundo da moda, diversidade virou tema obrigatório. Nas últimas semanas de moda nos circuitos internacionais, já podemos testemunhar essa mudança de padrão nas passarelas.

Esse movimento já pode ser percebido aqui no Brasil também. Grandes marcas já estão mais preocupadas com a inclusão não só sob o aspecto das raças, ou preferências sexuais, mas também dos diversos tipos físicos. As campanhas publicitárias já expõem claramente esse chamamento a beleza individual e real de cada mulher.

HORA DE SE LIBERTAR!

Mas agora chegou a hora de falarmos sobre você. Quero aqui trazer algumas dicas que podem te libertar desses padrões e te ajudar a se aceitar melhor e valorizar o seu tipo físico seja ele qual for.

O primeiro passo é AUTOCONHECIMENTO. Para isso sugiro algumas perguntas que  você precisa se fazer:

  • O que mais gosto em mim?
  • O que menos gosto?

Vamos me usar como exemplo. Gosto dos meus olhos e cabelos. E não curto muito os meus ombros que são mais largos e dos meus braços, mais grossos do que eu gostaria. Sabendo dessas poderosas informações irei construir o meu look valorizando esses pontos fortes e neutralizando os fracos. Como fazer isso? Usando cores mais escuras nas regiões dos ombros e braços e destacando a região dos olhos e cabelos com uma make poderosa, acessórios como brincos e maxi colares que chamem atenção para essa região, por exemplo.

Selecionei algumas fotos minhas para ilustrar um pouco sobre essas ferramentas poderosas!

É importante frisar, que aqui não se trata de certo ou errado. Você precisa se sentir livre pra usar o que você gosta. O que trago são dicas que podem ser usadas como ferramentas para valorizar o seu tipo físico, se você quiser, é claro.

DICAS PARA FAZER O JOGO DO DESTACA X NEUTRALIZA

Algumas dicas para valorizar o seu lindo corpo que é só seu:

  1. Cores escuras disfarçam e as claras destacam;
  2. Listras verticais e diagonais disfarçam, listras horizontais destacam;
  3. Decote v alongam , assim como sempre mostrar mais a pele;
  4. Design mais minimalista disfarça, peças com muitos detalhes como babados, pregas, aplicações destacam;
  5. Tecidos lisos destacam, estampados, principalmente com temas grandes destacam;
  6. Modelagem mais certinhas no corpo disfarçam, peças mais justas e/ou mais largas destacam;
  7. O cinto pode ser um acessório poderoso para marcar a nossa cintura. Ele é um dos meus acessórios favoritos.

Essas dicas podem te ajudar a equilibrar melhor a silhueta do seu corpo. Mas lembrem sempre do mantra: a regra é não ter regras, é a única opção aqui, ok? No mais, acho que se você se sente poderosa com aquela estampa vibrante mesmo que destaque algo que você queria disfarçar, acho que está valendo. O importante é se sentir bem consigo mesmo e viver a vida sem culpas. Afinal, acordar pela manhã , vestir algo que a gente gosta, se olhar no espelho e curtir a nossa própria imagem é começar o dia com o pé direito, né?

Bem, encerro aqui esse artigo, enfatizando a minha paixão pela Moda que é incondicional, de graça. Mas confesso que foi a Consultoria de Imagem que me mostrou o poder que ela tem de ajudar e levar mais auto estima para tantas mulheres, mostrando que elas não precisam seguir ninguém. É verdade, que muitas vezes ela pode nos escravizar, mas o meu trabalho é sempre mostrar que sabendo usar essas ferramentas poderosas, podemos nos libertar e nos aceitar como somos, perfeitas como cada uma de nossas imperfeições.

E VIVA A DIVERSIDADE!

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