E o Bahia hein?

Olá queridos leitores, andei um tempo sumido para tratar de alguns assuntos pessoais e pontuais, mas já estou de volta!!

Pois é, e o Bahia? Na vida quando criamos uma expectativa elevada sobre qualquer coisa, e essa, não é alcançada a frustação é proporcional a expectativa criada. Este tipo de frustação pode causar dor, raiva, depressão, decepção, todo e qualquer tipo desgaste emocional. Como aquele lance em que o jogador faz uma jogada sensacional, sai de cara pro gol, aos 48 do segundo tempo, e joga a bola na lua, ou tipo, o mitológico gol de Raudnei que frustrou e criou traumas em alguns milhares de torcedores do ex-rival.

Claro que os exemplos acima falam de futebol, mas sabemos que na vida pessoal, corporativa, sentimental ocorrem também situações que causam frustação. Tudo no Bahia levava o sentimento do torcedor a um ano quase perfeito, base mantida de um ano para outro, contratações pontuais feitas por critérios estatísticos e técnicos, projeções financeiras em evolução, sócio batendo perto de 50 mil, as campanhas afirmativas elevando a imagem do clube dentro e fora do país…..Pandemia !!

Como todos sabem o futebol no campo não é receita pronta, o campo nem sempre acompanha a gestão por melhor que ela seja, e a do Bahia, sim, muito boa gestão, porém o campo não vingou, o time foi aquela semente que você compra pra sua horta, semente boa, mas que não brotava. Existem times que quando não estão bem, conseguem se superar em campo quando tem uma torcida vibrante, forte carregando o time. O Bahia perdeu a sua torcida que historicamente o carregava, como diz o trecho do hino “Ninguém nos vence em vibração”. O Bahia teria então a solução de ir ao mercado, e aí que começa uma história em que o torcedor passional como é, pois o futebol é paixão em seu mais alto nível, não se deixa entender: Acabou o dinheiro do clube! Times se corrigem durante um campeonato longo como é o caso do campeonato brasileiro porque eles têm receitas de todos os lados, um campeonato em circunstancias normais, o Bahia perdeu 70% delas, e nesse caso a matemática é perversa mesmo. Sócios caíram pela metade, a receita de publico virou zero, as empresas que possuem os direitos de transmissão de televisão demoraram a repassar valores devidos alegando dificuldade pela pandemia, patrocinador máster que estava fechado, não fechou devido a pandemia. Não se iludam, futebol sem dinheiro não gera resultados, não existe milagre, pode até em alguns casos existir o VAR Amigo, fora isso esqueça, o Bahia de 88 é igual a cometa Halley um a cada 80 anos. Agora entendo que até esse momento do texto você pode estar me criticando, achando que estou querendo defender a gestão, e cadê a responsabilidade da diretoria de futebol? Evidente que numa empresa corporativa, e o futebol é sim uma empresa, os seus gestores são responsáveis pelo bônus e pelo ônus, o tudo isso que falei acima foi agravado por uma gestão infeliz do Diego Cerri, que mesmo tendo o mérito de ter gerado boas receitas para o Bahia com Zé Rafael, Flávio , não foi eficiente em 2020 na condução do futebol, e esta soma de perda de receita associada a má condução do processo contratações, e lembrando, também a demora na decisão de substituir o treinador, no caso da perda da classificação da copa do Brasil para o modesto River do Piauí , não poderia acontecer algo diferente do que está ocorrendo agora.

A torcida foi a urnas presencias e a distância, em um processo democrático referendando o atual presidente com mais de 80% ,então cabe ao Guilherme Bellintani , que teve nesse ano de 2020 uma referencia contundente sobre o que não fazer quando se trata de gestão do futebol, pois a gestão do clube de futebol deu a ele o voto de confiança do torcedor, projetar o triênio de forma eficiente. Para finalizar minha coluna hoje não posso deixar de mencionar sobre a responsabilidade dos atletas. Os jogadores do Bahia treinam em dos melhores centros de treinamentos da América do Sul, recebem seus salários em dia, mesmo quando o Bahia precisou repactuar o direito de imagem devido a pandemia, o clube foi verdadeiro e ético. Cada fase que o Bahia passou da Sulamericana 50 % da receita paga pela comebol foi repassada aos atletas, é inadmissível a quantidade de gols perdidos pelos jogadores, inadmissível! só fazem isso na vida, treinam pra isso. Não estou falando devida pessoal, estou falando de jogador profissional de futebol, dentro das quatro linhas. Nesta decisão contra o time argentino, teve pênalti perdido, gols perdidos de frente pro gol. Élber perdeu dois neste último jogo, Gilberto, Capixaba. Em um ano em que os times estão nivelados, exceto Atlético MG, Flamengo, Palmeiras e São Paulo, a chances convertidas fazem diferença.

BBMP

Neive Soares

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