Depois de uma sessão que entrou pela madrugada, a Câmara dos Deputados rejeitou o distritão e a inclusão na Constituição da permissão para que as empresas financiem as campanhas políticas. “Foi uma vitória da democracia brasileira, pois o distritão criaria um sistema eleitoral totalmente injusto, que enfraqueceria os partidos e personalizaria ainda mais as eleições. Iria ficar muito pior do que é atualmente”, afirmou o deputado Caetano (PT-BA).
Caetano avalia que prevaleceu o bom senso, porque, se aprovado o sistema chamado de “distritão”, as eleições se transformariam numa guerra de todos contra todos e os partidos seriam totalmente inúteis em todo o processo.
O parlamentar petista comemorou ainda a derrota da proposta de incluir na Constituição o financiamento empresarial: “Felizmente, não houve a maioria necessária para institucionalizar o financiamento por empresas, expediente que sabemos que é um caminho aberto para a corrupção e o toma-lá-da-cá, que não pode continuar na política brasileira”, afirmou ele.
Entre as propostas que devem ser apreciadas nesta quarta estão o fim ou não da reeleição, o tempo de mandato de cargos eletivos, a coincidência de mandatos, o fim das coligações e a cláusula de barreira. Caetano apoia o fim da reeleição e um mandato para os próximos prefeitos e vereadores eleitos de seis anos para que as eleições possam ser coincidentes posteriormente.