Considerado como um dos pontos turísticos mais importantes de Salvador, o Forte de São Marcelo está fechado para visitação desde março de 2011 e até agora não tem previsão de voltar a funcionar normalmente. Bem tombado individualmente pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) na Bahia, o Forte precisa de manutenção, restauração e conservação.

Entretanto, ainda não existe uma previsão de quando essa reforma será feita. Segundo o Iphan há expectativas de que o Forte São Marcelo receba recursos do Governo Federal, através do PAC, para que o local passe por uma restauração.

O órgão relata ainda que o fechamento do Forte para visitações seja uma medida de proteção do patrimônio. Tal fato aconteceu em março de 2011, quando foi rescindido o contrato do Iphan com a Associação Brasileira dos Amigos das Fortificações Militares e Sítios Históricos (Abraf), que ficou durante um tempo responsável pela manutenção do Forte, porém não conseguiu demonstrar capacidade de gerir adequadamente o monumento.

De acordo com o Iphan, o imóvel foi entregue em estado lastimável de conservação, com diversos sinais de depredação e deterioração pela falta de manutenção na sua estrutura física. Desde então, a Superintendência estadual tem mantido vigilância em tempo integral e efetuado a manutenção e a limpeza necessárias na edificação.

Enquanto isso, turistas e soteropolitanos aguardam ansiosamente pela reabertura do Forte São Marcelo. “Sempre ouvi falar desse Forte. Já o tinha visto pela TV inúmeras vezes. Acho ele muito bonito e diferente. É uma pena que desta vez não poderei visitar”, lamentou o turista paulista Clóvis Lima.

A nutricionista Andréia Alves, que mora há 20 anos na capital baiana, revela que mesmo morando em Salvador nunca tinha visitado o local. “Tinha vontade de conhecer, mas nunca tive tempo. Mesmo de longe dá pra perceber que seu formato circular, aproveitando um banco de areia no meio da Baía de Todos os Santos dá uma característica única de fortificação”, conta.

Já o comerciante Jorge Nunes diz que gostava muito do passeio até o Forte. “O passeio de ida e volta é bastante pitoresco. O forte poderia ser mais bem explorado com eventos e atividades culturais no local, como já houve algum dia”.

Novas iniciativas

O Iphan iniciou a elaboração de um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), sem ônus para a Instituição, inédito no país, para colher propostas de uso do monumento que garantissem sua correta utilização e preservação de forma sustentável. Tal procedimento, efetivado no ano de 2012, resultou vazio.

De acordo com o órgão, após o resultado, a Superintendência já prepara consulta pública com o objetivo de realizar a concessão do monumento. O Iphan já foi procurado por uma grande concessionária com experiência na gestão, operação, administração, manutenção e aproveitamento econômico de parques nacionais e que demonstrou seu interesse na gestão da fortificação. Assim que esse processo for concluído, o órgão prestará informações mais detalhadas. Fonte: Tribuna