A Procuradoria da Justiça Desportiva Antidopagem denunciou nesta quinta-feira (21), o atacante Gabigol, do Flamengo. O jogador é acusado de tentar fraudar um exame de controle de doping. De acordo com a denúncia, o registro do caso aconteceu dia 8 de abril, no Ninho do Urubu, centro de treinamento do clube.
De acordo com o documento, Gabigol teria dificultado a realização do teste. Os oficiais responsáveis pela coleta no CT teriam sido impedidos, os demais jogadores teriam realizado os procedimentos antes do treino das 10h.
Os oficiais relatam que tiveram o trabalho prejudicado de várias formas, incluindo o atraso. Os profissionais acusam Gabigol de desrespeito e não realizaram o procedimento da forma correta. A análise específica do passaporte biológico determina que deve haver repouso de duas horas após atividade física, tempo que não foi cumprido por Gabigol.
Na narrativa dos fatos que teriam ocorrido naquele dia, o jogador não foi realizar a coleta antes do treino e após a atividade física foi almoçar. O que não é o procedimento adequado, Gabigol é acusado de não seguir os procedimentos indicados. O texto diz que o atleta demorou 90 minutos para pegar o vaso coletor e fez isso sem avisar a ninguém, irritou-se ao ver que o oficial o acompanhou até o banheiro para a coleta e, por fim, entregou o vaso aberto, contrariando a orientação recebida.
Motivo da irritação do jogador
Gabigol seria um dos jogadores que estão sempre com o nome na lista para realizar o exame. Neste dia ele teria dado um ultimato e dito que seria a última vez que estava fazendo o teste. Tudo ocorreu na véspera do segundo jogo da final do Campeonato Carioca, no qual o Fluminense venceu o Flamengo por 4 a 1 e garantiu o título.
O procurador da Justiça Desportiva Antidopagem, João Guilherme Guimarães Gonçalves, assinou a denúncia. No texto, são descritas as infrações cometidas pelo jogador: “A própria tentativa de esconder a genitália no momento da coleta de urina configura uma tentativa de fraudar uma fase do exame“.