O programa Roque Santos e o Povo trouxe, como de costume, mais uma história de resistência de uma comunidade. Essa foi a vez de apresentar o bairro do Gravatá, em Camaçari.

Foi na antiga praça do bairro, homenageando Dona Nazinha, figura histórica, que os moradores deixaram rolar muitas histórias que surpreenderam no quadro ‘Essa é minha Comunidade’. Um dos rostos mais conhecidos do Gravatá, Carlinhos mora na comunidade desde 1977, é chão, viu! São quase 44 anos testemunhando todo o progresso do bairro.

E ele lembra de cada avanço, desde a estrada de areia até o asfalto. Em 82, foi criado o primeiro grupo do Gravatá, o Dinâmico, uma equipe de jovens. E entre idas e vindas de muitos políticos, Carlinhos narra que anos depois, começou um conflito entre estado e comunidade, contra a instalação da Febem no Centro Social Urbano (CSU), onde eram celebradas as missas. A comunidade ganhou a briga nessa história.  

Mas esse desenvolvimento do bairro só começou mesmo depois de 1985, quando iniciou as eleições no município. E Carlinhos estava lá, como fundador e primeiro presidente da associação da comunidade, nascida em 29 de março de 1984. Foi assim que a luta e resistência por melhorias nas terras e por água, por exemplo, foram sendo constituídas.

“Nosso bairro sempre foi de muita luta e muita resistência”, com certeza, essa foi a melhor definição de Carlinhos.

Outro ponto forte reafirmado por seu Carlinhos, é a ligação entre os moradores. A conexão que quem vive no Gravatá até lembra a sensação da rede de apoio do interior, onde todos se conhecem e sentem a falta um do outro.

Quem também fez questão de reforçar o amor pela comunidade, foi o ex-vereador de Camaçari, Jackson Josué (PT). Jackson lembra de toda história de respeito entre os moradores, mesmo com alguns tendo tantas ideias divergentes. E assim, ele conclui declarando sua gratidão à comunidade, por ter sido eleito duas vezes vereador de Camaçari.

Jackson Josué

A nostalgia tomou conta dos participantes ao lembrar das festas tradicionais, como a lavagem do Gravatá. Carlinhos lamenta o fato de que anos depois, os eventos se tornaram financeiros e assim, atraindo situações indesejáveis. Mas o que importa mesmo, é que a comunidade do Gravatá mantém sua essência, o dom de resistir.

Ouça a entrevista na integra e faça parte dessa história:  

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