O impasse entre os rodoviários metropolitanos, empresas de ônibus e a Agência de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) prossegue, levando a situação à fase crítica. O esperado, a partir de agora, é que se não houver definições sobre a crise causada após o encerramento das atividades da Costa Verde e Avanço, a greve do setor será decretada.

O Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Metropolitano (Sindimetro) realizou, mais uma vez, um protesto na última sexta-feira (12), para manifestar repúdio sobre as demissões em massa que ocorrem nas duas operadoras que decidiram devolver as linhas de transportes que controlavam até então.

Se nada mudar e as duas empresas saírem do serviço, sem substituição prevista, mais de 1500 funcionários perderão seus empregos, segundo estimativa da associação sindical. Todos estes já estão cumprindo aviso prévio. Em entrevista ao portal A Tarde, o diretor de comunicação do Sindimetro, Catarino Fernandes, afirma que é previsto uma paralisação geral da categoria.

“Se nada acontecer após o movimento [da última sexta], nós vamos parar a estação do aeroporto. Se isso não der certo vamos parar as empresas por tempo indeterminado”, disse ele.

Dirigentes da Avanço prometeram, em reunião no último dia 9, que não suspenderá as atividades no prazo informado anteriormente, que seria neste domingo (14). A Costa Verde, no entanto, não deu maiores detalhes sobre esta ‘transição’. Por outro lado, a Agerba disse em nota que permanece em negociação com as duas empresas.

 

Situação pré-greve piorou após saída da Avanço Transportes

CRISE: Avanço entrega linhas de ônibus metropolitanos e encerra operações na RMS

A Avanço Transportes, empresa que opera linhas que partem de Lauro de Freitas, Camaçari, Candeias entre outras cidades da Região Metropolitana de Salvador (RMS), declarou no último dia 5 que está encerrando o trabalho nesta região, entregando as suas rotas à Agência de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), responsável pelo sistema.

De acordo com o Sindicato dos Rodoviários da RMS (Sindimetro), o proprietário da Avanço, Fabrício Figueiredo, alega que não tem mais condições de continuar estando atuando neste serviço por diversos motivos. Entre estes, ele aponta que as linhas da Avanço enfrentam déficit financeiro, tornando a operação insustentável. Além disso, a tarifa praticada pela empresa está defasada, o que impacta negativamente sua viabilidade econômica. Por fim, a concorrência acirrada com o transporte clandestino também contribuiu para a decisão.

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