A Fonte deu uma mudada, está toda moderna conforme exige a Fifa e só reabriu há um mês, mas não é de hoje que o Vitória vem se espalhando todo por lá: o rubro-negro venceu os últimos cinco clássicos disputados no palco do primeiro Ba-Vi decisivo do estadual, domingo, às 16h.

Em maio de 2006, 1×0. Nos dois Ba-Vis do estadual 2007, os últimos antes da reabertura, 4×2 e 6×5. E este ano, bem fresquinho na memória, um chocolate de 5×1 e, depois, 2×1 há duas semanas. Diante desse recente retrospecto, a Fonte é mesmo mando de campo do Bahia? Com a resposta, Victor Ramos. “A Fonte Nova é do governo. Não é do Bahia nem do Vitória. Não tem favorito. Vamos respeitando, mas para definir o título no primeiro jogo. A ideia é sair com a mão no caneco”, projeta o zagueiro, presente nas vitórias deste ano.

Neste Ba-Vi, o Bahia, mandante, terá 90% da torcida a seu favor, diferente do que aconteceu nos dois duelos deste ano, quando a propoção foi de 58% a 42% em prol do time ‘da casa’. Cada um mandou um jogo. Situação diferente, porém incapaz de diminuir a confiança do zagueiro. “Tem que ir pra cima como a gente tem feito contra o Bahia. Não tem essa de torcida. Não é porque é na Fonte Nova que vai mudar. No primeiro jogo também teve mais torcedor do Bahia e fomos superiores. Futebol é jogado nas quatro linhas”, mantém a pegada ofensiva, digna de um camisa 9.

Foco total na primeira partida até porque o zagueiro corre risco de não jogar a segunda. O Tribunal de Justiça Desportiva marcou para dia 14 o novo julgamento devido a sua expulsão na derrota por 1×0 para o Botafogo, também na Fonte. Punido inicialmente com quatro jogos, Victor cumpriu dois e só jogou contra a Juazeirense, domingo, devido a um efeito suspensivo. “Fiquei sabendo agora no vestiário. Fiquei meio triste, mas não vou pensar nisso agora. Pensar no primeio Ba-Vi. O segundo, fica na mão do advogado do clube”, reafirma.

Vantagem
Pelas palavras, dá pra perceber que o assunto na Toca do Leão é não se prender à vantagem de dois empates, critério que acabou custando a perda do título para o tricolor em 2012. “A gente viu ano passado. Jogar pelo empate é um passo muito bom. Mas eu quero ganhar. Não vamos entrar pensando em empatar pra levantar o caneco. Não existe essa de achar que é favorito por causa da vantagem”, decreta Victor Ramos.

Sobre a zaga, o rubro-negro volta a utilizar a cozinha titular após dois jogos. Na primeira partida da semifinal, contra a Juazeirense, na goleada por 4×0, o camisa 3 esteve suspenso. Na volta, Gabriel acabou cortado devido a um incômodo muscular, já superado. Fabrício volta para o banco. *Correio.