Um dos responsáveis pela escolta em Brasília do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso nesta quarta-feira (19), o agente Lucas Soares Dantas Valença, lotado na Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal, se tornou uma espécie de celebridade instantânea nas redes sociais depois que as imagens em que aparece começaram a ser difundidas na internet.
Em mensagens no Facebook, posteriormente apagadas, ele criticava a ex-presidente Dilma Rousseff, a quem atribuía “despreparo” e “apoio de uma massa de corruptos”.
O agente também xinga os eleitores da ex-presidente, chamando todos de “felas” (significa ‘filhos da p…’):
Em fevereiro de 2014, por exemplo, ele publicou:
“Não sei quem foram os felas que a colocaram lá! Mas faço questão de fazer parte de quem vai tirar!” Em seguida, havia uma mensagem com a frase “impeachment da presidente Dilma”, acompanhada de uma foto da ex-presidente.
Em 26 de outubro daquele ano, no dia em que Dilma foi reeleita para o segundo mandato, o policial voltou a criticar a petista. Disse, por exemplo, que não conseguia acreditar que a população a havia reelegido.
“Por mais que certa parte da população tenha votado nela, a despeito do seu despreparo, gagueira, insegurança, apoio de uma massa de corruptos”, publicou o policial, acrescentando: “Eu prefiro crer que a manipulação das urnas foi o grande responsável por esse lastimável resultado! Aquelas mesmas urnas que não computaram sequer um voto para alguns candidatos a vereadores, como se não tivessem nem eles mesmos votado em si.”
Na mensagem, Valença disse, ainda, não ter “vergonha” do Brasil em razão da reeleição de Dilma. “Prefiro crer na continuidade da corrupção, no seu braço longo que alcança facilmente o sistema eleitoral.”
Na noite desta quarta, os seguidores dos perfis do policial na web já eram mais de 104 mil. Somente no Instagram, rede social para publicação de fotos, ele passou a ser seguido por 97,2 mil usuários. No Facebook, por 7,3 mil.