No final da noite desta quinta-feira, bandidos armados dispararam vários tiros em direção à 34ª Delegacia. Houve corre corre, mas ninguém ficou ferido.
A população está assustada com um toque de recolher instalado na região, após a chacina que deixou quatro pessoas mortas no último domingo. “A diretora da escola me ligou às 13h para que eu fosse buscar minha filha, por causa do toque de recolher”, disse uma moradora que não quis se identificar.
O comércio também começou a ser fechado depois do meio-dia, além das escolas e creches. As ruas ficaram quase desertas à tarde e os moradores evitaram até sentar na porta de casa. “Minha irmã ligou pra mim por volta das 14h pra que eu voltasse pra casa por causa do toque de recolher.
Eu trabalho em Vilas (do Atlântico) e tive que pedir à patroa que me liberasse mais cedo por causa disso”, afirmou uma empregada doméstica, que também não quis se identificar.
Há duas versões para o toque de recolher: uma de que a ordem teria sido dada pelos bandidos, e outra de que o alerta teria partido de policiais.
O coronel Everaldo Mendes, comandante da PM na Região Metropolitana, porém, nega o toque de recolher.
“De jeito nenhum há toque de recolher em Portão. A população está assustada, com medo. É a mesma situação que tivemos em Abrantes, quando, por causa do medo, a população também afirmou que havia toque de recolher”, assegurou.
Ele disse que seis carros da PM estão fazendo a ronda no bairro, que conta com reforço de policiais da Rondesp. “Estamos fazendo tudo para dar tranquilidade e segurança para a população”, completa.
As informações são do Correio 24 horas.