Desde o ano passado, a prática de educação inclusiva para pessoas com deficiência está deficitária na Escola Municipal do Loteamento Santa Júlia, no bairro de Itinga, em Lauro de Freitas. Por conta disso, os pais e responsáveis dessas crianças precisam ficar na unidade escolar, acompanhando e auxiliando os seus filhos nas aulas.
A medida acontece por conta da ausência de cuidadores especializados, os chamados auxiliares de desenvolvimento infantil (ADI’s), que deveriam ser contratados pela prefeitura da cidade.
A denúncia foi feita pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Lauro de Freitas (Asprolf) e, em entrevista ao site Metro1, o presidente da entidade, Valdir Silva relata que foi feita uma visita na escola na última quinta-feira (27). Após averiguação, o sindicato contabilizou a falta de 12 cuidadores, 6 professores e um auxiliar de classe.
“Conversamos com as mães, elas disseram que estão tomando para si essa função porque não têm como deixar o filho em casa, querem que tenha direito à educação. Mas é complicado, deveria ser ofertado pela prefeitura. Isso precisa ser feito por profissionais, que precisam ser contratados. É constrangedor para o aluno ter que ficar com a mãe na sala de aula”, ressalta Valdir.
A ausência desses profissionais está causando evasão escolar, ou seja, a desistência de diversos alunos que poderiam estar nas salas de aula. Valdir citou ainda o caso de um dos alunos, que é uma pessoa com deficiência, que fugiu da instituição de ensino, sem a supervisão adequada.
Os professores da rede pública de ensino em Lauro de Freitas declararam greve na última quarta (26). A contratação desses auxiliares é um das justificativas do protesto e paralisação. De acordo com o presidente da Asprolf, não é somente na Escola do Loteamento Santa Júlia que apresenta a falta destes profissionais, mas em diversas outras espalhadas pela cidade.