O vice-governador da Bahia e secretário de Planejamento, João Leão (PP), falou sobre a ação da polícia federal na semana passada, que investigou a residência e gabinetes de autoridades baianas. Ele também é investigado pela Justiça por suposto envolvimento em esquema de corrupção na Petrobras.

João afirmou, nesta segunda-feira (20), que agentes da Polícia Federal não estiveram em sua casa, em Lauro de Freitas, durante operação Politéia, no último dia 14 de julho. “Adoraria que eles estivessem estado lá em casa para ver que não tenho nada a esconder”, disse.

Leão acrescentou que estava em Itaparica no dia da operação, diferentemente do que disse o seu filho, o deputado federal Caca Leão, que tinha afirmado que o vice-governador estava em Canavieiras. Sobre a batida feita na casa do conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Mario Negromonte (PP), Leão afirmou que acredita na inocência do ex-colega de partido e defendeu a permanência dele na Corte. “Ainda estão investigando. Não tem porque ser afastado”.

Investigação no gabinete do conselheiro

A Polícia Federal investigou na última terça-feira (14), o gabinete do conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Mario Negromonte, em Salvador. De acordo com informações de policiais federais, a ação ocorreu em frente ao prédio em que mora o conselheiro no Alto Itaigara.

O ex-deputado e ex-presidente do Partido Progressista (PP) foi denunciado pelo delator Alberto Yousseff, no processo que investiga corrupção na Petrobras, a Operação Lava Jato. Considerado o segundo maior caso de corrupção do mundo, o esquema de corrupção na Petrobras foi identificada através da operação Lava Jato.

Em uma das delações, Alberto Yousseff afirma que Mário Negromonte passou a “se autofavorecer mediante a apropriação em seu próprio favor, a maior, dos valores”, repassados através do esquema de corrupção. O delator afirma que em uma única operação foram repassados R$ 5,5 milhões para Negromonte. Ele também declara que o conselheiro do TCM/BA era um dos líderes políticos da corrupção, sendo responsável pela extensão política do esquema, junto ao PP.