Segundo um levantamento da consultoria A.C. Pastore, para 2019 o crescimento previsto tanto para a economia brasileira, quanto para a população, é de 0,8%, o que vai deixar o Produto Interno Bruto (PIB) per capita e a renda do brasileiro, estagnados. Os indicadores reforçam também a expectativa de que os estragos provocados pela crise no dia a dia da população vão levar mais de uma década para serem superados. As informações são do G1.
A renda média de uma população é apurada com base no PIB per capita, indicador que mede toda a riqueza produzida por um país e a divide pela quantidade de habitantes. Em 2018, a renda per capita dos brasileiros foi de US$ 14.359.
Em 2017 e 2018, o avanço ainda que tímido de 1,1% da economia brasileira permitiu algum ganho de renda per capita. Mas ainda muito distante do que o Brasil precisa – se o país seguir neste ritmo, serão necessários aproximadamente 240 anos para dobrar a renda por pessoa.
As pesquisas asseguram que a crise econômica atual tem sido marcada por uma combinação inédita na história do país. Ela é profunda e de lenta retomada. Presentemente, o PIB per capita do Brasil ainda está cerca de 9% abaixo do patamar observado antes de se iniciar a crise, em 2014.
Com a expectativa de que os estragos na renda só sejam apagados entre 2024 e 2026, o Brasil enfrenta a pior crise econômica da história. Até então, a retomada mais lenta havia sido registrada nos anos 1980.
Desemprego
O desemprego é considerado a face mais “perversa” da perda de renda dos brasileiros nos últimos anos; ela se revela com a piora do mercado de trabalho.
Ao fim do segundo trimestre, o Brasil tinha 12,8 milhões de desempregados e a população subocupada era de 7,4 milhões de pessoas.
Governo
Ontem (6), o presidente Jair Bolsonaro afirmou a empresários do setor automotivo, durante a abertura do 29° congresso da Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), em São Paulo, que a economia do país está dando sinais de recuperação.
Segundo o presidente, ele está trabalhando para desburocratizar e facilitar a vida dos empresários locais.
“O homem evoluiu e eu venho aprendendo muito com as pessoas que tenho ao meu lado. A maior contribuição que podemos dar aos senhores [empresários] é não interferir no seu trabalho, é tirar o Estado de cima de vocês, é acreditar em vocês”, disse.