No discurso proferido nesta terça-feira (21), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abordou a recente vitória de Javier Milei na Argentina, destacando que “não tem que gostar do presidente” argentino, assim como dos líderes de outros países sul-americanos. Para o petista, as relações internacionais devem priorizar políticas de Estado, buscando acordos em defesa de interesses comuns.
Lula enfatizou a necessidade de abordar problemas políticos com inteligência e procurar soluções em vez de reclamar. “Eu não tenho que gostar do presidente do Chile, da Argentina, da Venezuela. Ele não tem que ser meu amigo, ele tem que ser presidente do país dele”, ressaltou o presidente durante um pronunciamento na cerimônia de formatura dos futuros diplomatas do Instituto Rio Branco, no Palácio Itamaraty.
Durante seu discurso, o líder do Partido dos Trabalhadores (PT) também sublinhou a importância de fortalecer a cooperação regional e estreitar relações com o continente africano. Lula destacou a necessidade de serem inteligentes na abordagem de questões políticas, visando uma cooperação eficaz e o enfrentamento conjunto de desafios que afetam a América do Sul.
Essa postura do presidente brasileiro reflete sua visão de que as relações internacionais devem ser orientadas por interesses nacionais e pragmatismo, em vez de sentimentos pessoais em relação aos líderes de outros países.
Entenda como economia do Brasil pode ser afetada pós vitória de Milei, na Argentina
O economista e deputado Javier Milei (Libertad Avanza), figura ligada ao liberalismo de extrema direita, saiu vitorioso nas eleições do último domingo (19), conquistando a presidência da Argentina. A relevância desse evento para o Brasil e sua economia é significativa.
Lula decidiu não ir à posse do novo presidente argentino. Apesar das especulações, especialistas não apostam na ideia de que Javier Milei rompa com o Brasil.