Na tarde desta segunda-feira (17), o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Júlio Bonfim afirmou, ao programa Bahia no Ar, que entende a luta dos trabalhadores que prestavam serviços terceirizados para Ford, que buscam até hoje uma indenização pela saída da montadora de Camaçari.
No entanto, Júlio esclareceu que o alvo não é o sindicato, como foi anunciado pelos manifestantes, no protesto na última sexta-feira (14). Os funcionários que eram terceirizados caminharam e fecharam parcialmente a Via Parafuso cobrando o pagamento e contra o Sindicato dos Metalúrgicos, segundo eles, por ter deixado terceirizados de cinco empresas ‘de fora do acordo’, que beneficiou 12 mil funcionários.
O presidente ressaltou: “Eu vejo que a manifestação por parte dos trabalhadores está correta, a luta dos trabalhadores está correta. Mas o alvo está equivocado, contra fato não há argumento. Uma coisa é não aceitar as condições, outra coisa é a decisão tomada pelo sindicato para garantia e entrar numa ação judicial e envolver o Ministério Público nessa luta. Fechamos com a Ford diante da crise nacional”.
“Com isso, o sindicato deu a posição inicial de reintegração das empresas satélites, quando eu digo que o trabalhador mira no alvo errado, tem que mirar na empresa. A empresa não entrou em acordo, o sindicato não pode botar a faca no pescoço da empresa. Eles têm que cobrar a indenização da empresa, por que quem não pagou foi o patrão, não foi o sindicato”, concluiu Júlio, que também reforçou o fechamento do clube e perda de receita de 95%, saindo de 8 mil para 200 associados.
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