A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou, na quinta-feira (22), para manter a suspeição do ex-juiz Sergio Moro no processo em que este condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso do tríplex do Guarujá. O julgamento, no entanto, foi suspenso a pedido do ministro Marco Aurélio, que solicitou mais tempo para analisar a situação.

Até o momento da interrupção, os ministros Gilmar Mendes, Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Rosa Weber tinham votado pela manutenção da decisão. Já Edson Fachin e Luís Roberto Barroso pediram a revogação do que foi definido pela Segunda Turma da Corte.

Ainda faltam os votos de Marco Aurélio Mello e Luiz Fux. A retomada do julgamento ocorre depois que o primeiro devolver o processo, possibilitando que o presidente do STF, Fux, marque uma nova data.

Ao anular as condenações de Lula, durante decisão individual do dia 8 de março, o ministro Edson Fachin declarou que o pedido de suspeição de Sergio Moro era descabido, visto que suas ações no caso já estavam anuladas. Mesmo assim, a solicitação da defesa do petista foi julgado pela Segunda Turma, que decidiu, por três votos a dois, declarar o ex-juiz como parcial.

Por gerar conflito em relação à decisão anterior de Fachin, a questão teve que ser apreciada pelo plenário.

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