Diferente do determinado pelo governo estadual, alunos do ensino fundamental não devem retornar às salas de aula de Simões Filho no dia 9 de agosto. Isso porque pais e responsáveis de estudantes vêm se manifestando contra esse retorno até que a vacina contra a Covid-19 seja acessível a todos.

Diretores de colégios particulares da cidade promoveram pesquisas internas e a maioria obteve mais de 60% dos votos a favor da manutenção das atividades remotas e contra o ensino híbrido ou presencial. A insegurança em relação ao cenário epidemiológico atual também se estende em relação aos pais de alunos da rede pública municipal. 10.098 deles foram ouvidos pela Secretaria de Educação.

53% preferem o ensino remoto e não querem o retorno presencial. Entre os motivos apresentados para essa resistência à decisão do Estado está a falta de previsão para a imunização dos menores de idade e os riscos que podem ser enfrentados no transporte escolar.

54% dos professores são a favor das aulas à distância, 28% votaram pelo ensino semipresencial e 18% foram a favor das aulas presenciais. A fim de discutir o assunto, o poder público vem promovendo reuniões com o sindicato dos professores, que é contra a volta presencial até 15 dias após todos receberem a segunda dose da vacina, além de conselhos municipais e outras autoridades.

Em conversa com o Bahia No Ar, a secretária de Educação Mariza Pimentel informou que, embora haja um consenso em relação a manter o ensino remoto, a população continuará sendo ouvida até que uma decisão definitiva seja tomada.

“Eu parabenizo a iniciativa democrática do prefeito Dinha, de fazer uma consulta pública com todos os atores envolvidos na Educação, porque tem governantes que vêm tomando decisões de ditadura, ameaçando dar falta, tirar benefícios de alunos e a gente não quer isso. Pra gente, o que é mais importante é preservar vidas”, salientou.

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