O Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu inquérito para investigar as acusações de assédios moral e sexual feitas ao ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães, que pediu demissão do cargo no mês passado após o surgimento das primeiras denúncias. O procurador Paulo Neto determinou ainda que o banco estatal seja oficiado para que, em 10 dias, apresente documentos sobre procedimentos decorrentes de denúncias feitas por meio de canais internos da instituição de 2019 a 2022.

O caso era acompanhado pelo MPT por meio de um procedimento preliminar. Na segunda-feira (25), uma portaria assinada pelo procurador do trabalho Paulo Neto transformou a apuração em inquérito civil para aprofundamento do caso.

No comando da instituição desde janeiro de 2019, Guimarães pediu demissão após um site de notícias publicar, no dia 28 de junho, denúncias de funcionárias de carreira da Caixa que o acusavam de assédio sexual e moral.

Guimarães foi substituído no cargo pela economista Daniella Marques, que era secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, .

À Agência Brasil, o advogado José Luis Oliveira Lima discordou do posicionamento do MPT e negou que Guimarães tenha cometido atos de abuso.

“Pedro Guimarães nega ter praticado ou estimulado qualquer ato de abuso, motivo pelo qual não concorda com a posição do MPT. Quando lhe for dada a oportunidade ainda no processo investigatório, ele vai apresentar provas da correção de seu comportamento”, declarou Lima.

Matéria atualizada às 21h23 para acréscimo do posicionamento da defesa de Pedro Guimarães.

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