Declarações feitas pelo governador da Bahia, Rui Costa, em entrevista concedida ao Uol publicada na manhã desta quarta-feira (14), chamam a atenção por serem consideradas inesperadas, já que destoam do discurso aparentemente alinhados que outras lideranças do PT, tanto na esfera nacional quanto na estadual, sustentam. Além de declarar que não vê problema em considerar outras opções caso a candidatura do ex-presidente Lula seja impossibilitada, o petista também fugiu do senso comum ao comentar o icônico e indigesto impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff.

Sem usar o termo “golpe”, ao contrário de muitos de seus companheiros de partido, Rui afirmou que milhões de pessoas foram às ruas pedir a saída de Dilma e que não se pode rejeitar os votos daqueles manifestantes. “Nós queremos ou não o voto dessas pessoas para reconstruir o Brasil? Queremos. Então não adianta ficar brigando com aquele momento histórico, seus erros, seus acertos. Nós temos que dialogar com a sociedade e chamar quem compor o Brasil em novas bases éticas, onde a gente consiga pactuar mudanças estruturais”, declarou, sem o esperado ar de protesto, tão comum quando o assunto vem à baila.

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