Durante entrevista na manhã desta quinta-feira, 21, na Rádio Metrópole FM, o presidente do PMDB baiano, Geddel Vieira Lima, se defendeu mais uma vez, sobre as denúncias de que teria atuado em favor da OAS.
Na ocasião, Geddel reforçou que não vê problema em conversar com empreiteiro ou quem quer que seja. Conversas vazadas na Operação Lava Jato e que foram publicadas pelo jornal O Globo nessa quarta-feira (20), mostram diálogos entre Geddel e Leo Pinheiro, sócio e ex-presidente da OAS. Nos trechos transcritos, há indicativos de que o dirigente partidário teria atuado como lobista em assuntos como concessão de aeroportos, ciclovia em Salvador, projeto que acabou não vingando, e teria solicitado doações da empreiteira para sua campanha ao Senado em 2014.
“Com quem eu trocava mensagem? Com alguém que tinha cometido alguma coisa errada? Era um dos maiores empresários baianos e brasileiros. Não há nenhuma imoralidade em conversar com empreiteiro. Eu sou um agente público, era minha obrigação. Se você olhar as conversas, não tem nada de ilegal, nada de códigos, de apelidos. Falar com Leo Pinheiro, só porque está preso agora, tudo vira crime. Ele é meu amigo, não há absolutamente nada demais”, declarou o líder partidário.