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Novo presidente da ordem nacional dos cordelistas é eleito em evento no Teatro Alberto Martins

Em entrevista ao Bahia no Ar, o poeta José Carlos Vaz diz quais são os objetivos do movimento artístico tradicional
Foto: Alex Freitas/Bahia no Ar

Na manhã deste sábado (22), a Ordem Brasileira dos Poetas da Literatura de Cordel (OBPLC) se reuniu para eleger e dar posse à nova diretoria. O encontro aconteceu no Teatro Alberto Martins, no centro de Camaçari e contou com artistas de diversos municípios, que escolheram José Carlos Vaz como presidente da entidade.

Sucedendo o mestre Bule-Bule, Vaz agora assume a gestão da Ordem com foco em prosseguir os projetos, feitos em conjunto, para valorizar a tradicional literatura de cordel, tão ligada à cultura nordestina e que retrata através das poesias e xilogravuras as histórias cotidianas do povo. Para ele, o objetivo é manter vivo o legado do movimento artístico para as novas gerações.

“Um desafio muito grande, mas uma alegria muito grande, porque percebemos a união para levar o cordel para as universidades, escolas e assim realizaremos o nosso sonho, que é fazer chegar aos mais jovens. Hoje vivemos uma certa desesperança entre a juventude e agora, com essa proibição de celulares [no ambiente escolar] e essa literatura pode ser um instrumento importantíssimo usado pelos professores e gestão, para ser uma forma de substituir e trazer conhecimento”, explicou.

Ao exaltar o gênero, José Carlos relembrou que o cordel é, antes de tudo, a oralidade e o drama que pode ser expressado por qualquer um, o que pode ser uma ferramenta de desenvolvimento pessoal para muitos que ainda sentem dificuldade ao falar em público.

Além da eleição e posse, o evento contou com a realização de uma feira de livros, não somente de cordel. Ali, também esteve artistas do samba – gênero musical que, junto com o forró, é interligado com a poesia ritmada do sertão brasileiro.

Por fim, o novo presidente do OBPLC – associação que completará 50 anos em 2026 – afirmou que o desejo é trazer reinvenções, expandir o espaço e conseguir estar presente nas novas tecnologias existentes, com o objetivo de manter vivo o histórico movimento cultural de grandes mestres do passado. “Ganhamos novos espaços, novas mídias, estamos chegando nos livros digitais, áudiobooks e queremos ampliar isso, recuperando as possibilidades cognitivas, educativas e emocionais, que acabaram se perdendo no decorrer do tempo“, comentou Vaz.

 

*Com a colaboração de Alex Freitas

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