Foto: Divulgação.A família é sucesso até hoje nas redes sociais.

Ninguém imaginaria que uma família que fez milhares de internautas rirem depois de exibir um vídeo no Youtube enfrenta tanta dificuldade financeira na “vida real”. Fora do vídeo que virou sucesso em todo o Brasil ocupa o lugar do sorriso, uma tristeza que, em lugar das gargalhadas, dá espaço à emoção.

Jefferson Barbosa, Suellen Barbosa e a sua mãe ganharam fama nas redes sociais e ainda gozam de popularidade, conquistando, inclusive, convites para participar de programas de TV de nível nacional. O trio chegou a fechar uma pareria com a Pepsi, que se trata de um desafio: se o vídeo atingir 500 fãs no facebook, os três divulgam uma nova música.

Mas, por trás de todo esse sucesso, a realidade da família “Para Nossa Alegria” não tem nada de alegre. O pai de Jefferson, em entrevista a o Pânico na TV, revelou que já sofreu quatro paradas cardíacas e oito convulsões. Por conta dos problemas de saúde, ele está impossibilitado de trabalhar. “Vai fazer quatro anos que eu não estou trabalhando. A gente não tem condições mesmo, já passamos até fome aqui em casa. Teve época que a gente comeu somente fubá, água e sal”, disse o pai.

A mãe é auxiliar de serviços gerais no aeroporto de Congonhas e acorda às 3h da manhã para ir ao trabalho. O esforço é grande, mas o salário não se compara ao tamanho da dedicação, a mãe de Jeffersson e Suellen vive com um salário mínimo. “É difícil seu filho pedir uma coisa e você não poder dá”, disse.

A mãe dos meninos contou que “Jé”, forma carinhosa de chamar o filho Jefferson, pediu um terno em uma certa ocasião, mas os pais não puderam. “Jé um dia falou assim: mãe, eu queria um terno! Eu falei assim: eu não tenho dinheiro para te dar, porque se eu der a gente fica sem comer, filho”, disse.

Sonhos

Suellen Barbosa disse que tem vontade de cursar uma faculdade e que pretende fazer química ou física. Já Jefferson quer fazer medicina e se especializar no estudo do Alzheimer. Um filme e os problemas do pai o levaram a vontade de estudar o assunto. “Eu assisti um filme de uma professora que desmaiava e depois descobriu que ela estava com Alzheimer. Ela colocava documento dentro da geladeira, no freezer e meu pai começou a ter esse sintoma ai, e eu fiquei preocupado”, afirmou. “A gente sofre, mas tem pessoas que sofrem muito mais”, concluiu o pai dos meninos.

Por Henrique da Mata