Em meio à propagação do coronavírus no Brasil, parlamentares começam a discutir a possibilidade de suspensão das sessões e outras atividades no Congresso Nacional.
O líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-SE), admitiu que a possibilidade existe dentro do Senado, mas uma definição só deve ocorrer nesta segunda-feira, 16, quando o presidente Davi Alcolumbre (DEM-AP) voltar a Brasília.
Alguns líderes, no entanto, não concordam com a medida.
O líder do Democrata na Câmara, Efraim Filho, DEM-PB, é um deles. Na avaliação do parlamentar, o Congresso não deve ser o primeiro a parar, deve ser o último, para dar o exemplo e evitar o pânico.
Fernanda Melchionna, líder do PSol-RS, também defende que não é o momento para suspender as atividades. Para a deputada, a Câmara tem que se debruçar sobre um plano emergencial para ampliar o atendimento do SUS a pacientes com o Covid-19.
Apesar de existir a conversa, as agendas para a próxima semana se mantêm. Está marcada para terça-feira a sessão que vai apreciar vetos presidenciais e os projetos de lei do Congresso sobre orçamento impositivo enviados pelo governo.
A Comissão Mista que aprecia a Medida Provisória do Contrato Verde Amarelo tem reunião marcada também na terça, assim como a Comissão Mista da Reforma Tributária, que aguarda a presença do ministro da Economia Paulo Guedes.
Pelo Twitter, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, DEM-RJ, desmentiu boatos de que seria permitido a ausência do trabalho de idosos e gestantes, informação que estaria em memorando que teria sido publicado pela direção da casa.
Na semana passada Câmara e Senado cancelaram, por prazo indeterminado, as sessões solenes, visitas guiadas e eventos coletivos. Apenas servidores, congressistas, profissionais da imprensa e servidores têm acesso às dependências das duas casas legislativas.
Viagens internacionais também estão canceladas. Servidores ou parlamentares podem cumprir isolamento ou quarentena e trabalhar em casa no caso de suspeita de contaminação pelo novo coronavírus.