Gerou polêmica a participação do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em ato de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), realizado no domingo (23), no Rio de Janeiro. Além de já ter sido uma autoridade da área de saúde e estar sem máscara na ocasião, o posicionamento de Pazuello causou discussão porque ele também se trata de um general do Exército, com participação em atos políticos vedada.

Também militar, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse que há grande probabilidade de ocorrer uma punição. Segundo Mourão, o ex-ministro já reconheceu a falha cometida ao acompanhar Bolsonaro ontem, violando o regulamento disciplinar que deveria seguir.

“Ele também pode pedir transferência para a reserva e aí atenuar o problema. Eu já sei que o Pazuello já entrou em contato com o comandante, colocando a cabeça dele no cutelo, entendendo que ele cometeu um erro”, declarou à imprensa.

Segundo o comentarista político Valdo Cruz, o comandante do Exército se encontra em uma situação complicada, já que, ao não punir Eduardo Pazuello, ficaria desmoralizado, havendo risco de volta da anarquia nos quartéis. Por outro lado, é possível também que se crie uma grande tensão junto ao Palácio do Planalto, caso o ex-líder da pasta de Saúde receba a punição, que poderá até mesmo ser anulada por Bolsonaro. A expectativa é de que o Exército se manifeste oficialmente ainda hoje.

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