“É uma tentativa dos machistas de plantão da Assembléia de nos enfraquecer”, essa foi a declaração da deputada estadual Luiza Maia (PT) em relação à aceitação do pedido do deputado Carlos Geilson (PTN) que levou ao adiamento da votação do projeto de Lei, conhecido como Antibaixaria. O projeto de lei que proíbe que o dinheiro público fomente e mantenha artistas cujas letras de suas músicas ofendam as mulheres e incite a violência contra o gênero deve ser votado dia 27, terça-feira.
O pedido de adiamento feito pelo deputado Carlos Geilson (PTN) teria sido motivado por mudanças no projeto de Lei nº 19/237, modificado pelo deputado João Bonfim (PDT), em que ao invés de dinheiro público geral, a lei proíbe que seja utilizado verba estadual. “Nós não temos que financiar músicas que transformam a mulher em objeto sexual, que nos inferiorize. Não estamos proibindo que as pessoas ouçam, mas que paguem por isso e não o dinheiro público financie”.
Segundo a parlamentar, que falou hoje pela manhã, com o radialista Roque Santos, na Rádio Sucesso (93.1), a oposição teria pedido mais tempo para avaliar a Lei. “Muito machista. Ele (Carlos Geilson) nunca engoliu o projeto”, afirmou.
A deputada alega que a mudança visa facilitar a aprovação da Lei na plenária e permite que cada prefeitura regulamente sua própria lei. No programa de rádio, a deputada citou a prefeita Moema Gramacho (PT), de Lauro de Freitas e o prefeito Luiz Caetano (PT), de Camaçari; como exemplos de que já trazem a lei à pauta municipal.
Em resposta à crítica de um internauta sobre o pedido de adiamento, o deputado Carlos Geilson postou em seu Facebook: “Eu n (sic) sou contra o projeto. (…) O projeto vai ser aprovado, inclusive com meu voto, mas esse prazo é para que possamos justamente avaliar e melhorar o projeto substitutivo apresentado pelo deputado João Bonfim”.
Texto: Karina Costa