A conclusão da Polícia Federal é de que o presidente Jair Bolsonaro (PL) cometeu crime durante live na qual divulgou informações sigilosas de uma investigação. O órgão, no entanto, não o indiciou, com a justificativa de que o chefe do Executivo tem foro privilegiado.

A PF comunicou o Supremo Tribunal Federal (STF) que encerrou sua participação no caso. O resultado da apuração será entregue ao ministro Alexandre de Moraes, cabendo a ele encaminhar a conclusão da PF para a Procuradoria-Geral da República (PGR), podendo esta denunciar os investigados, pedir o aprofundamento do caso ou arquivá-lo. Ainda é possível que o ministro autorize a PF a pedir o indiciamento.

A live em questão foi transmitida em agosto de 2021, quando Bolsonaro falou sobre um relatório parcial da PF em relação a um ataque hacker ao TSE, ocorrido em 2018.

Embora o episódio não tenha comprometido as urnas eletrônicas nas eleições, o presidente utilizou a informação para tentar embasar seus ataques ao sistema eleitoral

Quem o acompanhava na ocasião era o deputado federal Filipe Barros (PSL), que também cometeu crime, segundo a PF, ficando sem indiciamento pelo mesmo motivo de foro privilegiado.

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