O vereador de Dias d’Ávila, Joabe Palmeira (PSB), deu uma entrevista ao jornal Correio 24h após a notícia que seu filho foi assassinado na cidade, na última sexta-feira (10). Ainda devastado por tudo que aconteceu, o político acredita que o crime brutal tenha sido retaliação do tráfico de drogas contra a vítima, identificada como Maicmillan Azevedo Palmeira, por ser de outro bairro.

O jovem de 25 anos foi encontrado morto dentro da casa que vivia na Rua F, localizada no Bosque 2, e apresentava marcas de agressão física – mais precisamente golpes de paulada – e disparos de arma de fogo. Joabe soube da notícia por um assessor, que inicialmente disse que Maicmillan havia sido encontrado ferido e encaminhado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no entanto, após ir em direção ao local e ficar horas esperando por dados sobre uma possível entrada dele, o vereador recebeu de policiais a triste (e verdadeira) informação.

“É um momento muito doloroso, é complicado, difícil. […] Ele deixou um filho, meu neto. Agora vou confiar na investigação da polícia e torcer para que as coisas deem certo”, lamentou.

Segundo ele, o filho havia separado da esposa há cerca de 2 meses e, para tentar uma nova vida, se mudou para um local que, para quase todos os familiares, é tido como incerto. “[Ele] dizia que tinha ido para [o bairro] Imbassaí, e eu falei para ele que queria saber onde era essa casa, mas, infelizmente, toda vez que eu queria ir ele estava no trabalho. Só na morte, infelizmente, que eu vim saber que ele estava morando no Bosque“, explicou ao Correio.

Por fim, Joabe Palmeira aproveitou para solicitar alguma ação do governo, responsável pela segurança pública que vive uma grave crise, pontuando que Maicmillan é mais um caso brutal dentre uma guerra que também mata inocentes.

“Fica um alerta, minha revolta com a inoperância do Governo do Estado em relação a essa situação, a deixarm as coisas chegarem a esse nível. Vejo que o Estado está omisso a tudo isso. Assim como foi o meu filho, filho de um vereador, de uma autoridade da cidade, poderia ser o de qualquer outra pessoa, o que para mim tem o mesmo peso”, pediu o vereador.

O crime é tratado como homicídio e investigado pela 25a Delegacia Territorial (DT) de Dias d’Ávila, que busca identificar autoria e circunstâncias.

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