Problemas no atendimento e estrutura da agência dos Correios em Camaçari, localizada na Rua Francisco Drumond, virou motivo de revolta da população que busca os serviços oferecidos pela empresa estatal. Diversos relatos que chegaram à redação do portal Bahia no Ar apontam erros e negligências que causam superlotação, demora e até insegurança de estar no local.
O primeiro ponto levantado é a falta de organização ao atender as demandas variadas na agência. Antes, quem fosse ao estabelecimento para realizar a retirada de uma entrega retida bastava ir para um acesso anexo, diferente da entrada principal, no entanto, recentemente tudo foi unificado, causando um transtorno no excesso de pessoas em um ambiente pequeno.
Além da retirada de encomendas, a agência realiza cadastro de CPF, devoluções, depósito de itens para serem transportados para outro local, doação de produtos para o Rio Grande do Sul, também contando com outras tarefas de menor grau. Tudo isso em uma só sala de espera, que não tem esquema de segurança, pois a porta de acesso não está funcionando corretamente, podendo impedir a entrada de peças magnéticas, e para piorar não há vigilantes atuando.
“Todo mundo quando vai lá fica apreensivo, a cidade está perigosa e se acontecer um arrastão, o que a gente faz? Não tem possibilidade de se proteger, ficamos muitos expostos ali de diversas formas”, afirma uma moradora, que preferiu não se identificar.
A tensão é perceptível, pois em caso de assalto, não há para onde correr, sem uma saída ao alternativa. Não bastando estes grandes pontos negativos, a agência aparenta estar com graves problemas estruturais, contando com infiltração nas paredes e no teto, fazendo com que o gotejamento de água aconteça pela fiação elétrica, que é exposta. Ou seja, os camaçarienses também se assustam ao ver a situação e temem um possível incêndio no local.
Contando com sete guichês de atendimento, os Correios da cidade normalmente não trabalham em sua capacidade total, contando com no máximo 5 funcionários despachando diariamente, piorando ainda mais a demora de resolver as solicitações de cada morador que vai à agência, com necessidades distintas. O que poderia ser algo otimizado e dinâmico, acaba se tornando uma tremenda dor de cabeça para quem precisa do serviço.
“Muitas vezes eu precisei ir aos Correios para receber minhas encomendas, mas é sempre um sofrimento. Já não basta não conseguir receber em casa, ainda tenho que ir para a agência e ficar horas em uma fila que parece não ter fim, lutando contra o calor e a ‘pingadeira’, com medo de acontecer algo pior”, disse uma lojista da cidade à reportagem.
O Bahia no Ar reitera que o espaço está aberto para a empresa se posicionar e explicar sobre as denúncias relatadas pelos populares, caso assim tenha interesse.